Objetivou-se avaliar a viabilidade econômica da produção de borregos Santa Inês castrados alimentados sem volumoso com níveis de oferta da dieta, assim como as correlações entre as variáveis produtivas e nutricionais. O trabalho de produção foi realizado em duas etapas: elaboração de projeto com quantitativo de 100 borregos por sistema nutricional para a análise econômica. No Laboratório de Ensaios Nutricionais em Animais (LENA) no Campus Deputado Jesualdo Cavalcanti Barros da Universidade Estadual do Piauí, localizada em Corrente-PI e realização do experimento estudando o efeito do nível de oferta da dieta em borregos confinados. Foram utilizados 50 repetições, sendo cada repetição composta por um ovino macho castrado da raça Santa Inês, com peso corporal médio de 20,0 ± 4,38 kg e idade de quatro meses. Foi utilizado o delineamento inteiramente ao acaso. O fornecimento da dieta foi, diariamente, às 07:30 e 15:45 horas, e os animais foram identificados por meio de brincos plásticos numerados, e posteriormente, alocados em baias individuais de 1,0 m x 1,0 m, contendo comedouros e bebedouros individuais tipo balde. A dieta foi composta apenas por ingredientes concentrados, sendo utilizado o milho grão moído, torta de algodão farelada e premix vitamínico-mineral-tamponante, sendo balanceado para mantença e ganho de 325 g/dia para o tratamento ad libitum . As correlações foram feitas por meio de análise de correlações lineares de Pearson e teste “t”, e processadas pelo programa SAEG-Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas, sendo consideradas significativas quando P<0,05. Foram utilizados os seguintes parâmetros: consumo, digestibilidade, desempenho. O custo com aquisição de animais não apresentou diferença significativas (P>0,05). O valor presente líquido e a taxa interna de retorno diferiram estatisticamente (P>0,05). O consumo e digestibilidade de nutrientes demonstraram está correlacionada com o peso corporal. Ovinos confinados alimentados com dieta sem volumoso é viável e competitivo no mercado considerando o cenário em que foi avaliado, o ideal é a utilização da alimentação ad libitum e animais com um preço de venda de carcaça no valor de R$ 20,00. Os piores valores de taxa interna de retorno e valor presente líquido foram no tratamento com oferta de 80%, com medidas de 17,23 e -1,25 respectivamente. Consumos de matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta, carboidratos não fibrosos, fibra em detergente neutro corrigido para proteína e extrato etéreo não apresentaram correlações com o peso corporal final (PCf) (P>0,05) de borregos confinados sem volumoso. Houve correlação positiva com digestibilidade de matéria seca, digestibilidade matéria orgânica, digestibilidade de proteína bruta e nutrientes digestíveis totais com PCf (P<0,05) em borregos confinados. Os consumos dos nutrientes não correlacionaram com as digestibilidade aparentes em dietas sem volumoso para borregos em terminação (P>0,05). Houve diferenças estatísticas (P<0,05) com a diminuição do nível da dieta, que implicou em diminuição no ganho médio diário e consequentemente, aumento nos dias em confinamento em relação ao tratamento com fornecimento ad libitum. Contudo, o consumo não correlacionou com a digestibilidade aparente em borregos confinados alimentados com dieta sem volumoso.