O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento forrageiro da Apis mellifera na inflorescência da palmeira do Buriti.( Mauritia flexuosa L. f). O experimento foi realizado em uma área representativa de buritizeiro (150 a 300 m), no município de Santa Luz – PI, na localidade da Ema, nos meses de setembro a outubro de 2015, totalizando 65 horas de observação, distribuídos equitativamente ao longo do florescimento da palmeira. Com auxílio de binóculo foram observadas as seguintes variáveis: números de abelhas (NA) na inflorescência das palmeiras; números de flores visitadas (NFV) e o tempo gasto em segundo (TG(s)) entre a chegada e partida na inflorescência. Para tanto, foi observadas três abelhas forrageadoras por palmeira de buritizeiro em florescimento, repetidas em três diferentes plantas em cada hora. O período de observação diária foi das 05:00 as 18:00 horas. Para otimizar a visitação das abelhas, foram instalados cinco enxames de Apis mellifera a 50 metros da área experimental. Foram coletadas, ainda, com auxílio de termo higrômetro, as temperaturas ambiente (ºC) e umidade relativa do ar (U%) a cada hora. As Apis mellifera forrageiam o pólen da palmeira do buriti, (Mauritia flexuosa L. f), com picos de forrageamento às oito e dezessete horas, de forma que essa atividade é dependente dos fatores abióticos, como temperaturas e baixa umidade durante o período de florescimento da mesma. O pólen foi coletado em coletores frontais nos quais as pelotas mostraram uniformidades com as características da palmeira estudada. As maiores produções de pólen por coleta ocorreram no mês de outubro, com média geral 48,5g por colmeia/dia, seguido do mês de novembro com 36,5g. A migração de colmeias de Apis mellifera para áreas de buriti nos meses de escassez de alimento, na caatinga, representa uma boa alternativa de manutenção da oferta de proteína para os enxames e uma boa alternativa para melhora a renda do apicultor.