GLICERINA COMO ESTRATÉGIA NUTRICIONAL PARA FRANGOS DE CORTE CRIADOS EM REGIÕES DE CLIMA QUENTE.
Glicerol, aves, umidade da cama
Foram conduzidos dois ensaios com o objetivo de avaliar o uso de glicerina em dietas para frangos de corte criados em regiões de clima quente. No primeiro ensaio 540 frangos de corte, machos, da linhagem Cobb, com um dia foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado com seis tratamentos, seis repetições de 15 aves por repetição.Os tratamentos foram definidos para avaliar o efeito residual final da inclusão ou não de glicerina em dietas para frangos em todos os períodos de criação ou apenas em uma das distintas fases (1 a 7, 7 a 21, 22 a 33 e 34 a 42 dias) as quais foram fornecidos. As dietas foram fornecidas à vontade. Aos 42 dias foi avaliado o peso médio (PM), ganho de peso (GP), consumo de ração (CR), conversão alimentar (CA), rendimento de carcaça (RC), umidade de cama (UC) e lesões de patas (LP). Não houve efeito significativo (p>0,05) para as variáveis de desempenho e nem de rendimento de carcaça. Verificou-se efeito apenas na umidade da cama, em que a umidade da cama nos boxes em que as aves foram alimentadas com glicerina em todas as fases ou apenas na última fase (34 a 42 dias de idade) foi maior que as demais. No segundo estudo 135 aves de corte, machos, da linhagem Cobb, distribuídas em um delineamento inteiramente casualisado com seis tratamentos (0; 2,5; 5,0; 7,5; 10,0 e 12,5% de inclusão de glicerina nas dietas), quatro repetições e 5 aves cada, em cada fase (1 a 7, 7 a 21, 22 a 33 e 34 a 42 dias) mais três gaiolas que foram mantidas para coleta das perdas endógenas, totalizando 540 aves nas quatro fases. A aves receberam água e ração à vontade. Avaliou-se CR, GP, CA e a produção de calor em cada fase. Na fase de 1 a 7 dias, observou-se significância (P≤0,05) com comportamento quadrático para ganho de peso em que as aves atingiram o máximo ganho de peso com um nível de 4,3 % de inclusão de glicerina. Verificou-se efeito linear decrescente (P<0,05) para conversão alimentar. Não foi verificado efeito (p>0,05) para consumo de ração. Nas demais fases não houve efeito dos níveis de glicerina sobre as variáveis de desempenho, indicando que é possível a utilização de até 12,5% de inclusão de glicerina em dietas para frangos de corte. Houve efeito (p>0,05) da inclusão dos níveis de glicerina à dieta sobre a produção de calor apenas na fase de 1 a 7 dias de idade apresentou efeito (P<0,05) linear decrescente. Desta forma a glicerina pode ser utilizada em dietas para frangos de corte criados em regiões de clima quente.