O objetivo principal deste capítulo é abordar parâmetros essenciais para a produção do leite bubalino, destacando: consumo e digestibilidade dos nutrientes, produção e composição do leite, balanço de nitrogênio e os componentes sanguíneos. O experimento teve duração de 72 dias, o qual foi dividido em quatro períodos de 18 dias, sendo 13 para adaptação e 5 para coleta de dados. Os tratamentos experimentais consistiram em quatro níveis de substituição do farelo de soja por milho mais ureia. Foram utilizadas 12 búfalas (multíparas) em lactação da raça Murrah com peso corporal médio inicial de 650 kg com período de lactação médio de 100 dias e produção de leite média de 10 kg/dia. O delineamento utilizado foi o quadrado latino com quatro tratamentos, quatro animais e quatro períodos, sendo definido previamente pela produção de leite, consumo de matéria seca e período de lactação. Os dados foram analisados em um quadrado latino 4 x 4, triplo, com aplicação do teste F e análise de regressão adotando-se o nível de 5% de probabilidade. O consumo de matéria seca (CMS) (kg/animal/dia) foi influenciado pelos níveis de substituição (P<0,05), apresentando comportamento linear decrescente variando de 10,70 para 8,89 kg MS/dia. Os consumos de extrato etéreo (CEE) (33,67 para 38,62 g/dia) e extrato etéreo digestível (CEED) (28,46 pra 34,06 g/dia) apresentaram comportamento linear crescente a medida. Em relação a produção e composição do leite, nenhum dos parâmetros foram influenciados significativamente (P>0,05), o mesmo foi constatado para o balanço de nitrogênio e suas subdivisões, assim como para os parâmetros sanguíneos onde foi possível avaliar numericamente as linhas de tendências apresentadas pelos resultados. Recomenda-se a substituição total do farelo de soja por milho mais ureia na dieta de búfalas em lactação, visto que houve um aumento na produção de leite a medida que o consumo de matéria seca diminuiu, destacando a ótima conversão alimentar característica dos bubalinos.