Caracterização de feno de espécies forrageiras nativas do semiárido
caatinga, curva de desidratação, composição química, fenação
Avaliou-se a caracterização do feno de espécies forrageiras nativas do semiárido. O trabalho foi desenvolvido nas dependências do CPCE/UFPI. Foram realizados dois ensaios empregando plantas herbáceas (mucunã, jitirana, ervanso, bredo e malva) e plantas arbóreas (angico de bezerro, angico branco, jurema preta, jurema branca e miroró), as quais avaliou-se os componentes morfológicos (folha, colmo, inflorescência e relação folha:colmo), curva de desidratação da matéria seca (MS), perda de proteína bruta (PB), composição química das espécies (in natura e fenada) e degradabilidade in situ da MS e PB. Foi utilizando um delineamento inteiramente casualizado (DIC) em esquema fatorial 5 x 7, em que os fatores constaram de cinco espécies e sete tempos de desidratação (0, 2, 4, 6, 8, 10 e 12). Houve diferença (P<0,05) entre as forrageiras herbáceas e arbóreas para percentagem de matéria verde (MV) da folha, caule, inflorescência e perda de água. Quanto a composição química das forrageiras herbáceas e arbóreas in natura e fenada observou-se diferença (P<0,05) nos teores de MS, PB, MO, MM, EE, FDN e FDA. O valor proteico das espécies forrageiras estudadas não foi influenciado pelo tempo de exposição ao sol. Dentre as espécies forrageiras estudadas a mucunã, angico de bezerro, angico branco, jurema preta, jurema branca e miroró apresentaram bom potencial forrageiro para fenação, atingindo o ponto de feno até 12 horas de exposição ao sol, destacando-se o miroró e a jurema branca como as mais eficientes. Todas as espécies avaliadas demostraram boas características em sua composição química-bromatológica, visto que a qualidade e disponibilidade nutricional das forrageiras não foram influenciadas pelo processo de conservação na forma in natura e fenada.