A presente pesquisa parte da seguinte questão-problema: como a formação continuada contribui para a construção da identidade profissional de professoras e professores da Educação Infantil? A construção da identidade profissional perpassa diversos contextos e espaços que deixam marcas significativas na história pessoal e profissional da professora e professor da Educação Infantil, constituindo-se em questão de fundo de grande relevância para a compreensão do modo de ser e estar no mundo. Partindo dessa concepção, a presente pesquisa realizou-se com o objetivo geral de analisar como a formação continuada contribui para a construção da identidade profissional de professoras e professores da Educação Infantil. Para seu desenvolvimento, estabeleceu-se os seguintes objetivos específicos: descrever a proposta de formação continuada oferecida às professoras e aos professores da Educação Infantil; conhecer as percepções das professoras e dos professores de Educação Infantil em relação a sua identidade profissional; e compreender as relações que as professoras e professores de Educação infantil fazem entre as aprendizagens elaboradas na formação continuada e a construção de sua identidade profissional. A partir da fenomenologia-hermenêutica, fundamentada por Heidegger (2018), discute-se a construção da identidade profissional de professoras e professores da Educação Infantil no contexto da formação continuada, tomando-se como referência autores como Kaufmann (2004), Bauman (2021) e Dubar (2009 e 2020), no que se refere à identidade; Brito (2006), Nóvoa (1992), Alarcão (2010) e Imbernón (2010) quanto à questão da Formação Continuada; Kramer (2011) Craidy e Kaercher (2001) sobre Educação Infantil, além de outros que versam sobre as categorias da pesquisa. A investigação de natureza qualitativa conta com a participação de dez professoras e professores que atuam em quatro Centros Municipais de Educação Infantil da Rede Pública de Ensino de Teresina, escolhidos por critérios previamente definidos. A produção dos dados será realizada através do questionário bibliográfico e do memorial de formação, para os quais buscamos suporte em Gil (2008) e Passegi (2008). A análise e interpretação dos dados serão desenvolvidas a partir da técnica de análise de conteúdo, fundamentada nos pressupostos teóricos de Bardin (2016).