Nesse estudo sobre o racismo e a formação de psicólogos no contexto brasileiro, nos debruçamos sobre um questionamento: como se desenvolve a competência de se tratar das questões raciais a partir das práticas desenvolvidas durante o exercício desses profissionais? Para essa investigação, partimos do objetivo geral de: compreender a formação de psicólogos no tocante as questões raciais a partir das experiências profissionais. Diante disso, pressupomos que o processo formativo do profissional de Psicologia, ao se basear na adoção de conteúdos que abordem a questão racial, poderia possibilitar uma mudança positiva no perfil formativo desse profissional. A metodologia de abordagem qualitativa consistiu-se em uma Netnografia que foi realizada a partir de entrevistas narrativas online com os respectivos participantes. Estimamos que participem 10 indivíduos de ambos os sexos, que se identifiquem como afro-brasileiros ou quaisquer outros grupos sociais não afrodescendentes, a captação dos participantes ocorreu em três estados, sendo Piauí; Maranhão e Bahia. Organizamos os achados em 4 eixos categoriais que se remetem para a identificação de elementos formativos voltados para a compreensão de experiências na construção de práticas antirracistas. Os resultados preliminares apontam que a presença de grupos sociais nas discussões são os principais agentes no despertar do interesse para o debate das questões raciais.