FILMES HÍBRIDOS NANOESTRUTURADOS A BASE DE CELULOSE MICROCRISTALINA FOSFATADA: SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO
celulose microcristalina, polianilina, nanocompósito, automontagem
A celulose microcristalina (CM) caracteriza-se como uma celulose purificada e parcialmente depolimerizada, obtida através de seu tratamento com ácido clorídrico. O desenvolvimento de novos materiais incorporando a CM torna-se atrativo devido sua insolubilidade em água, em meios ácidos ou básicos e em solventes orgânicos comuns. Dentro deste contexto, filmes híbridos nanoestruturados e eletroativos contendo CM modificada com o grupo fosfato (CMPO4) foram preparados em conjunto com a polianilina (PANI), e o poli(vinil sulfato de sódio) (PVS). Os filmes foram preparados através da técnica de automontagem do tipo camada-por-camada (do inglês layer-by-layer ou LbL), utilizando a celulose dispersa na solução de PANI, formando a estrutura PVS/PANI(MCPO4). Para efeito de comparação, foram preparados filmes contendo a celulose sem modificação (MC), constituindo assim a segunda estrutura LbL de estudo; PVS/PANI(MC). Os filmes foram caracterizados pelas técnicas de espectroscopia na região do ultravioleta visível (UV-VIS), Voltametria Cíclica (VC) e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). As análises voltamétricas mostraram que os processos redox característicos da PANI continuam presentes no nanocompósito, no entanto, a presença da celulose fostafatada promove um aumento do sinal de corrente observado, provavelmente devido a um processo de autodopagem do polímero condutor na presença dos grupos fosfatos. Já os espectros de UV-VIS mostraram uma relação linear entre a quantidade de material adsorvido e o número da camada depositada enquanto que as micrografias iniciais obtidas por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) mostram a incorporação na celulose na matriz polimérica.