As doenças infecciosas causadas por protozoários do gênero Leishmania continuam sendo um grave problema de saúde pública e que vem causando enormes problemas socioeconômicos, o que reforça a grande necessidade do desenvolvimento de novas substâncias. Os polissacarídeos são candidatos promissores para servir como alternativa para resolver esses problemas. Nesse sentido, desenvolveu-se um material através de uma reação de modificação na estrutura da goma extraída da planta Sterculia striata para atuar como agente antimicrobiano e antiparasitário e desenvolveu-se uma nova membrana à base de quitosana/colágeno carregada com 2,3-dihidrobenzofurano(DHB) para ser usada no tratamento da Leishmaniose cutânea. Os materiais aqui desenvolvidos foram caracterizados e foi possível comprovar o sucesso da modificação química da goma assim como foi comprovado que a nova membrana estava carregada com DHB. Os ensaios de toxicidade mostraram que os materiais desenvolvidos apresentaram biocompatibilidade. A modificação da goma levou a um aumento da atividade antioxidante, com excelente atividade antibacteriana e efeito inibitório acima de 70% contra L. amazonensis enquanto que a nova membrana mostrou excelentes resultados na inibição de crescimento de L. amazonensis inclusive superiores aos da Anfotericina B, ao mesmo tempo em que os teste de cicatrização revelaram que a membrana possui um ambiente adequado para proliferação e crescimento celular. Portanto, os materiais desenvolvidos se mostraram fortes candidatos para o uso como agente antimicrobiano e antiparasitário em aplicações biomédicas.