Neste trabalho avaliou-se a degradação do fármaco ibuprofeno, por fotólise e fotocatálise, utilizando o fotocatalisador óxido de zinco (ZnO) dopado com cério (Ce), e a atividade antimicrobiana deste fotocatalisador frente as bactérias Staphylococcus aureus (ATCC 25923) e Escherichia coli (ATCC-25922). Os experimentos foram realizados irradiando as soluções aquosas do fármaco em um reator fotoquímico por 120 min na caixa de irradiação UV. Os parâmetros analisados incluem a influência da concentração do fotocatalisador (0,5, 0,5 e 1,5 gL-1), bem como os efeitos do pH (3, 7 e 10), o efeito de H2O2 e eliminadores de radicais. As amostras foram analisadas por DRX, RAMAN, MEV, UV-VIS e BET. A difração de raios-X mostrou que o fotocatalisador é cristalino e possui uma estrutura wurtzita hexagonal, e as micrografias ilustraram que a morfologia do Ce-ZnO é esférica. As melhores condições experimentais para a fotodegradação do ibuprofeno foram 60% obtidas em condição ácida utilizando 0,50 gL-1 de Ce-ZnO em uma solução de 20 ppm de ibuprofeno. A presença de peróxido de hidrogênio e o buraco favoreceram o processo de degradação do ibuprofeno. A toxicidade dos produtos fotolisados foi monitorada contra Artemia salina (bioindicador) e não gerou metabólitos tóxicos, produzindo um baixo percentual de mortalidade. O Ce-ZnO foi eficaz contra as bactérias Escherichia coli e Staphylococcus aureus quando testados pelo método de contato direto no escuro e na luz visível. Assim, o fotocatalisador Ce-ZnO é um candidato promissor para pesquisas futuras e desenvolvimento científico.