USO DO CAROTENÓIDE NORBIXINA, EXTRAÍDO DO URUCUM (BIXA ORELLANA L.), NA FORMAÇÃO DE FILMES FINOS: EXTRAÇÃO, IMOBILIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO
urucum; norbixina; filmes finos; Layer-by-Layer.
O urucuzeiro é uma planta nativa da América Central e do Sul, sendo a Bixa orellana L., a espécie mais frequente. Do seu fruto são retiradas as sementes chamadas urucum e da superfície destas sementes são extraídos os corantes naturais bixina e norbixina. A norbixina classifica-se como um carotenoide de caráter aniônico, de grande interesse científico e tecnológico, porém ainda pouco explorada. Este estudo tem como objetivo, o uso da norbixina na formação de filmes finos, para o desenvolvimento de nanocompósitos e sensores eletroquímicos. A norbixina foi obtida, na forma de pó, a partir da hidrólise alcalina da bixina seguida de precipitação ácida. A norbixina foi caracterizada por Difratometria de Raios-X (DRX) e Espectroscopia no Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR). A técnica de Espectroscopia na região do Ultravioleta Visível (UV-Vis) foi empregada para selecionar os melhores parâmetros para se preparar a solução de norbixina empregada na formação dos filmes, bem como no estudo da estabilidade destas soluções. Os filmes monocamadas de norbixina foram depositados, sobre substrato de ITO, empregando-se a técnica Layer-by-Layer de automontagem e, caracterizados pela técnica de Voltametria Cíclica sendo determinados o tempo de 4 min como melhor tempo para deposição dos filmes a partir de uma solução de norbixina (0,5 gL-1) em tampão ácido cítrico-fosfato pH 6,0. O tampão ácido cítrico-fosfato também foi encontrado como o melhor eletrólito de suporte para os estudos eletroquímicos dos filmes monocamadas de norbixina.