Avaliação da degradação hidrolítica de PHB na presença de polietilenoglicol e argila vermiculita organofílica
Polihidroxibutirato, degradação hidrolítica, bionanocompósitos, blendas, biodegradação.
O presente estudo teve como objetivo o desenvolvimento de blendas poliméricas de polihidroxibutirato (PHB) e polietilienoglicol (PEG), e também bionanocompósitos de PHB, PEG e argila vermiculita organofílica (VMT), as blendas foram preparadas nas composições 95-5 e 90-10 (PHB-PEG) e os bionanocompósitos com 95-5-3 e 90-10-3 (PHB-PEG-VMT). Foi utilizada a técnica de intercalação por solução para a obtenção dos sistemas na forma de filmes, e em seguida foi montando um sistema para avaliação e acompanhamento da degradação hidrolítica dos mesmos. O teste de degradação foi realizado segundo a norma ASTM F1635-11 e as propriedades dos filmes foram avaliadas por perda de massa, absorção hidrolítica e por espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) no intuito principal de detectar e quantificar o grupo causador do processo degradativo. Os resultados mostraram que para os bionanocompósitos a adição da argila vermiculita organofílica nos percentuais de 95-5-3 e 90-10-3 (PHB-PEG-VMT) ocasionaram uma maior e menor perda de massa, respectivamente. Através do teste de degradação hidrolítica observou-se que a blenda 95-5 é a única composição que apresenta uma crescente perda de massa ao longo do período em contato com solução tampão fosfato-salino (PBS) a 37 °C. A análise por FTIR mostrou que a degradação para o PHB puro ocorreu nas regiões amorfas e que à presença do PEG e da VMT afeta a degradação nas regiões amorfas e cristalinas do polímero. Notou-se assim, que o plastificante e a argila vermiculita organofilica afetaram na degradação hidrolítica do polímero PHB, pois possivelmente, tornou o material hidrofílico, permitindo assim a penetração de água na cadeia polimérica.