A espécie M. pubescens conhecida popularmente como “tingui” ou “timbó” possui amplo uso popular, sendo utilizada na limpeza de úlceras, as raízes como calmante, a casca no tratamento de feridas e o fruto no tratamento de bronquites. Possui distribuição no Brasil, em estados como Piauí e Maranhão. Estudos têm indicado algumas atividades biológicas da espécie, principalmente em relação a sua atividade larvicida frente a larvas de Aedes aegypti, porém demais pesquisas têm demonstrado outras potencialidades. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi realizar a caracterização química e a avaliação da atividade antioxidante, antibacteriana e citotóxica do extrato etanólico das folhas da Magonia pubescens A.St.Hil. A caracterização química foi realizada através da triagem fitoquímica qualitativa e através da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplada à Espectrometria de Massas (CL-ESI-IT/MS), o potencial antioxidante por meio do teste do DPPH e ABTS, a avaliação da atividade antibacteriana por meio da determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Bactericida Mínima (CBM) e o potencial citotóxico através do método do MTT. O extrato apresentou resultados positivos para alcaloides, açúcares redutores, esteroides/triterpenoides, taninos e saponinas, sendo possível a elucidação de 14 compostos, potencial antioxidante significativo, atividade antibacteriana moderada e atividade citotóxica promissora. Através das informações obtidas, o extrato das folhas do tingui se apresenta como uma fonte de compostos com atividades biológicas relevantes, podendo ser utilizado futuramente como fitoterápico e como complemento no tratamento de doenças como o câncer, necessitando assim de demais estudos acerca de suas potencialidades.