O tempo parece seguir de forma constante e cronológica, mas com os seres vivos percebendo o tempo físico de forma subjetiva. A subjetividade da interpretação do intervalo de tempo parece ser diferenciada entre os seres humanos, em especial é dependente do nível de atenção voltada para o intervalo de tempo. Além disso, medicamentos como bromazepam, possui a capacidade de reduzir o número de pulsos captados do intervalo de tempo e resulta em uma superestimativa ou subestimativa da interpretação desse intervalo. Neste contexto, o estudo teve como objetivo investigar o erro na tarefa de estimativa do tempo e as mudanças eletrofisiológicas causadas pelo uso bromazepam 6mg na assimetria da banda alfa no córtex pré-frontal dorsolateral e parietal. Esse é um estudo duplo cego com amostra de 40 indivíduos saudáveis divididos igualmente em dois grupos (controle vs. experimental) que realizaram a tarefa de estimativa do tempo antes e após a administração de uma cápsula com placebo ou bromazepam. Os achados para o erro absoluto demonstraram que o uso bromazepam provoca mais proximidade do tempo alvo para os intervalos de tempo de 7 e 9 segundos. Além disso, os participantes que ingeriram o bromazepam subestimam o tempo mais que àqueles que não ingeriram, principalmente nos intervalos de 4, 7 e 9 segundos (p˂0,05). Também foi observado o aumento na assimetria da banda alfa no córtex pré-frontal dorsolateral no grupo que ingeriu o bromazepam, com o bromazepam aumentando a predominância do córtex pré-frontal dorsolateral esquerdo (p<0,05), o que indica maior recrutamento cognitivo para realização da tarefa.