Introdução: A inflamação é um fenômeno dinâmico e multimediado, como resposta a um agente lesivo físico, biológico ou químico. Apesar de existirem fármacos antiinflamatórios potentes e efetivos, osefeitos colaterais dessa classe de fármacos ainda estão muito em evidencia, como por exemplo, danos ao TGI, aos rins e degeneração de células hepáticas. Diante disso, a busca por substancias com atividade antiinflamatória é uma crescente. Dentro desse contexto, faz-se necessário estudar a ação de polissacarídeos (PLS) provenientes da Caesalpinia férrea, pois essas substancias já apresentam efeitos que demonstraram atividade antioxidantes, cicatrizantes e antibiótica em seus fitoconstituintes. Objetivo: O presente estudo tem como objetivos caracterizar e avaliar a atividade antinociceptiva e anti-inflamatória do polissacarídeo extraído da semente da Libidibia ferrea, em modelo animal.
Métodos: O material botânico foi coletado, extraído, purificado e caracterizado através de espectroscopia por ressonância magnética nuclear. Para os estudos de atividade biológica serão usados camundongos balb/c sendo o n por grupo experimental igual a 6 (n=6). Os animais serão tratados com o PLS nas doses de 1,3, e 10,0 mg/kg nos ensaios de edema de pata induzido por carragenina (0,1%) para determinação da melhor dose. Depois de determinada a melhor dose, essa será usada nos demais ensaios: edema de pata induzido por dextrana (500μg/pata),bradicinina (6.0nmol/pata), serotonina (1%), histamina (100 09μg/pata), prostaglandina E2 (3nmol/pata), composto 48/80 (12μg/pata) e peritonite induzida por carragenina, dosagem de mieloperoxidase (MPO), glutationa (GSH), malonildialdeídeo (MDA) e citocinas pró-inflamatórias IL-1β e TNF-α. Teste de formalina (2,5%), contorções abdominais induzidas por ácido acético (0,6%), teste de placa quente. Resultados parciais: Até o momento foram realizadas análises estruturais e o polissacarídeo foi classificado como sendo do grupo das galactomananas que apresentam uma cadeia principal formada por unidades β(1→4) D-manopiranosil com ramificações de α-(1→6)-D-galactopiranosil. De acordo com a origem e espécie da galactomanana, podem ser observadas diferenças na proporção entre manose e galactose (M:G). Conclusão Parcial: O polissacarídeo em análise é rico em galactomananas naturais e isso nos permite inferir que esse PLS possa apresentar efeito anti-inflamatório nos testes propostos no trabalho, pois a literatura demonstra que as galactomananas modulam negativamente vias pró-inflamatórias.