Atividade do alcaloide epiisopiloturina livre e encapsulado em lipossomos contra Schistosoma mansoni
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A esquistossomose é uma doença tropical negligenciada causada por parasitas do gênero Schistosoma. O controle da doença tem sido feito amplamente com o praziquantel - medicamento de referência, mas já foi encontrado resistência a esta droga. Um alcaloide imidazol oriundo das folhas do jaborandi – epiisopiloturina, apresentou atividade contra adultos, formas jovens e ovos de Schistosoma mansoni . Este alcalóide é uma molécula apolar com difícil solubilidade e, portanto, foi proposto a estrutura lipossomal da epiisopiloturina. Os lipossomos são estruturas de carreação de drogas que podem aumentar a solubilidade dos compostos , tais como epiisopiloturina. Neste trabalho, relatamos o efeito in vitro da epiisopiloturina carregado em lipossomos formado por diferentes concentrações de lipídios 9:1 (relação de peso) dipalmitoilfosfatidilcolina:colesterol e 8:2 (relação de peso) dipalmitoilfosfatidilcolina:colesterol. Os resultados mostraram que a extração e isolamento da epiisopiloturina foram bem sucedidos através da cromatografia líquida de alta eficiência - HPLC e sua pureza confirmada através da espectrometria de massa mostrou massa molecular de 287 Da . Formulações de 9:1 DPPC:colesterol e 8:2 DPPC:colesterol com EPI carreado (300 µg/ml ) matou 100 % dos parasitas após 96 h e 120 h de incubação, respectivamente. A microscopia confocal foi empregada para observar alterações morfológicas no tegumento da forma adulta do Schistosoma mansoni. Detalhes de interação entre epiisopiloturina e lipossomos, foram atingidos por cálculos semi- empíricos AM1, que mostrou que epiisopiloturina dentro é mais estável do que a forma do lado de fora, pelo menos 10 kcal . Esta é a primeira vez que a atividade esquistossomicida foi avaliada para epiisopiloturina carreada em lipossomos.