FRAÇÕES DE CARBONO E FÓSFORO NO SOLO, EM ÁREAS AGRÍCOLAS, NATURAIS E COM QUEIMADAS NO CERRADO
sistema plantio direto, sistema plantio convencional, frações de C orgânico oxidável, P orgânico, P inorgânico
O desmatamento para exploração da madeira ou para ocupação agrícola e os incêndios alteram o fluxo e natureza do carbono orgânico do solo, resultando em impactos nos corpos hídricos, biodiversidade e na qualidade dos solos. O objetivo deste trabalho foi avaliar as frações de carbono oxidável e frações de fosforo no solo em área de cerrado, com vegetação natural protegida de queimadas por 10 anos e outra área adjacente sem proteção; e comparar o estoque e labilidade do C das áreas nativas (com e sem queimadas) com áreas usadas para agricultura em sistema de plantio direto e plantio convencional. As amostras foram coletadas nas camadas de 0-10 cm e 10-20 cm, com três pontos de coleta em cada área, duas com vegetação natural (uma área com restrição de queimadas e outra sem restrição de queimadas) e duas em exploração agrícola sistema plantio direto e sistema plantio convencional). Foram analisados frações de carbono oxidável (F1, F2, F3 e F4), COT, N-total, P-orgânico, P-inorgânico, P-NaOH e P-HCl. A mata nativa com eventos periódicos de queimada diminuiu os teores de COT e das frações de carbono oxidáveis do solo em relação a mata sem queimada. A mata protegida e sem proteção contra os eventos de queimada apresentam semelhante distribuição percentual das frações de P orgânicas e inorgânicas no solo. Os sistemas cultivados (SPD e SPC) apresentaram maior estoque de carbono até 20 cm de profundidade do que as áreas de mata. O SPD apresentou estoque de N semelhante à área de mata protegida contra queimadas. Os teores de P inorgânico do solo estão relacionados positivamente à fração mais lábil de C, enquanto os teores de P orgânico estão relacionados inversamente às frações mais recalcitrantes de C.