O trabalho tem por objetivo investigar como as mulheres-mães de classe média de Teresina-PI utilizam-se das ideias feministas, especialmente da perspectiva do empoderamento feminino, para responder aos conflitos das experiências de maternidade. Como elemento articulador de análise, a maternidade é vista como relacional, marcadora de gênero e envolta entre relações de poder. Incialmente é abordado o gênero, o sexo e o corpo como construção social em meio as relações de poder que envolvem a maternidade relacionada às ideias de empoderamento feminino. Em seguida se evoca a maternidade concebida pela família estruturada na submissão feminina e como teorias feministas debatem a questão, oferecendo à maternidade suporte reflexivo. Para destacar como os feminismos politizaram a maternidade, ao contestar o determinismo biológico e subsidiar o olhar de submissão do corpo feminino, destaca-se também como diversas teorias feministas abordaram maternidades em geral, vistas tanto como uma condição desfavorável como empoderadora, destacando um novo modelo de maternidade (BADINTER, 2011) legitimado pelas mudanças na estrutura familiar (CASTELLS, 2000). Durante os percursos metodológicos, tem-se utilizado de observação participativa com os grupos de mães em suas atividades em prol da maternidade empoderada e serão ainda realizadas entrevistas semiestruturadas com algumas das mães.