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Banca de DEFESA: IANARA SILVA EVANGELISTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IANARA SILVA EVANGELISTA
DATA: 27/04/2018
HORA: 15:00
LOCAL: SALA DE VIDEO I - CCHL
TÍTULO: “Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim”: rotas críticas de mulheres que romperam o ciclo de violência
PALAVRAS-CHAVES: Gênero; Violência; Políticas de Enfrentamento; Rota Crítica.
PÁGINAS: 156
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO:

A violência doméstica e familiar é um problema social grave e complexo, fruto das relações de poder entre os sexos, atinge mulheres de todas as classes sociais, raça, etnia, idade, religião ou nível de escolaridade. O feminismo tem sido fundamental na luta pela igualdade de direitos entre mulheres e homens, tornando esse problema visível e reconhecido como violação de direitos humanos. Nesse sentido, diversas medidas de enfrentamento e combate foram criadas provenientes de acordos, pactos, leis e conferências onde o Brasil é signatário (MORAES & SORJ, 2009). O objetivo geral desse estudo é compreender o processo de ruptura das mulheres que vivenciaram a violência doméstica e familiar, considerando seu percurso na rota crítica, com a finalidade de saber sobre os fatores impulsionadores, inibidores e estratégias de rompimento utilizadas nesse trajeto. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com aplicação de entrevistas semiestruturadas e observações sistemáticas junto às mulheres egressas da Casa Abrigo “Mulher Viva”. O tratamento analítico dos dados se deu por meio da Análise de Discurso. A fundamentação teórica ancorou-se na concepção de gênero como elemento constitutivo das relações sociais e relações de poder (SCOTT, 1995; BOURDIEU, 2011; FOUCAULT, 2015); na discussão sobre violência contra mulheres, destacando seus tipos, termos correlatos e políticas públicas de enfrentamento (ALMEIDA, 2007; BRASIL, 2011; STREY, 2004) e sobre Rota Crítica (SAGOT, 2000), compreendida como um complexo emaranhado de atitudes e decisões tomadas pelas mulheres visando sair do ciclo de violência. Os resultados encontrados mostraram que os fatores impulsionadores do rompimento, perpassam situações de saturação das violências sofridas que são potencializadas pelas práticas de ingestão de bebidas alcoólicas, uso de drogas, sucessivas traições e aumento gradativo da violência dos(as) (ex)companheiros(as) contra elas e seus(suas) filhos(as). Dentre os fatores inibidores do rompimento, destacou-se o medo em relação às ameaças recebidas, medo de denunciar e de morrer, esperança na mudança comportamental dos(as) (ex)companheiros(as), ineficiência institucional dos serviços de atendimento, falta de apoio familiar e/ou dos amigos(as) e dependência financeira. Em relação às estratégias de enfrentamento/rompimento, que dão início quando encerram o silêncio, constataram-se as saídas temporárias de casa, mudanças de contatos (telefone e endereço), continuidade dos estudos, inserção no mercado de trabalho, apoio das suas redes sociais e da rede institucional, quando acionadas. As mulheres rompem com o ciclo de violência quando constroem um processo interno de fortalecimento pessoal, apoiado pelas redes pessoais e institucionais, e nesse processo apresentam sinais de empoderamento.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 3495439 - ELISIANE GOMES BONFIM
Presidente - 1550487 - MARY ALVES MENDES
Interno - 423633 - RITA DE CASSIA CRONEMBERGER SOBRAL
Notícia cadastrada em: 12/04/2018 10:29
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