O presente estudo trata do tema da sexualidade, mais especificamente sobre pornografia. O problema desta pesquisa é entender que sentidos são produzidos sobre a pornografia pelas mulheres feministas e como o gênero contribui para essas produções de sentido e seus processos, considerando a polaridade no debate de porta-vozes feministas sobre pornografia e sexualidade e a história da sexualidade das mulheres e sua diferentes associações com a pornografia. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, um estudo de caso. Para a operacionalização utilizou-se a aplicação de entrevistas semi-estruturadas, presenciais, com mulheres que se assumiram como feministas. Os marcos teóricos utilizados para a construção do trabalho perpassam as discussões de gênero, teorias feministas sobre sexualidade e pornografia e discursos das ciências humanas sobre a sexualidade. Foi constatado que a pornografia ainda não é algo natural na vida das mulheres e seu uso ainda é marcado por contradições. Para elas a pornografia é um ativador da vida sexual e também recurso de satisfação, no entanto não exatamente a pornografia hegemônica que mostra a mulher como objeto sexual masculino. O que elas desejam é ver a representação de uma mulher tendo seus desejos considerados e o seu prazer respeitado nessa forma de viver a sexualidade.