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Banca de DEFESA: FRANCISCO DE SOUSA LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCISCO DE SOUSA LIMA
DATA: 14/06/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de Defesa - Nº 316/CCHL
TÍTULO: SUICÍDIO NO ESPELHO: O IMAGINÁRIO DOS ATENDENTES DA REDE DE COMBATE À IDEAÇÃO SUICIDA EM TERESINA
PALAVRAS-CHAVES: Suicídio, morte, imaginário, símbolos, arquétipos.
PÁGINAS: 210
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO:

Esse trabalho tem como foco identificar as estruturas imaginárias que atuam na formação das concepções que os atendentes da rede de combate ao suicídio em Teresina possuem sobre esse fenômeno. Partiu-se da hipótese de que essa proximidade com quem pretende dar cabo da própria vida e os esforços para impedir sua efetivação confere a esses atendentes uma visão mais singular sobre o fenômeno, utilizando-se para isso duas etapas de trabalho de campo: a primeira consistiu em entrevistas semiestruturadas com os atendentes ligados à rede, entre os quais foram levantadas as principais e recorrentes categorias imaginárias sobre o suicídio; a segunda, por sua vez, consistiu na aplicação de um teste tipo Likert, onde foram elencados os principais adjetivos dessas categorias do imaginário, mapeadas na primeira etapa, visando avaliar o nível de ingerência que cada um deles possui a respeito da percepção do suicídio. O trabalho ancorou-se na teoria do imaginário de Gilbert Durand (2014) como principal aporte teórico do estudo em apreço. No primeiro momento buscou-se mostrar a importância da sociologia clássica na desmistificação da prática suicida, ao apontar suas causas sociais como um fato recorrente desde os primeiros agrupamentos humanos, assim como o sentido de morte e do morrer. Além disso, discorreu-se sobre as percepções de larga amplitude que o suicídio tem provocado no imaginário social através do tempo, elegendo, para tanto, quatro categorias binárias: honra e salvação, pecado e crime, loucura e razão e tristeza e patologia.  O estudo dessas categorias permitiu-nos mostrar, a partir de uma perspectiva diacrônica, como as diversas teorias do imaginário podem explicar os comportamentos humanos em relação ao suicídio. No corpo final do trabalho, as categorias morte e suicídio ganham mais relevância a partir dos dados de campo, onde se procurou analisar as estruturas socioantropológicas do imaginário do suicídio para os atendentes inseridos na rede que atua no auxílio às pessoas com ideação suicida no Piauí, em especial, em Teresina. Com o estudo concluiu-se que os símbolos arquetípicos presentes no imaginário desses sujeitos estão semanticamente repletos de negatividade, elaborados por imagens que remetem o suicídio a um ato fisicamente nocivo, imoral e pecaminoso, tanto para a sociedade quanto para quem o pratica. Essa simbologia, porém, é amenizada pelo contato que os atendentes possuem com quem tem ideação suicida. Por fim, constatou-se a necessidade de implantação de políticas públicas voltadas para o esclarecimento da população sobre a problemática da morte voluntária, que poderiam arrefecer o estigma e diminuir os índices crescentes de suicídio registrados em Teresina e no Brasil. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1217067 - ERIOSVALDO LIMA BARBOSA
Externo ao Programa - 1859186 - FAUSTON NEGREIROS
Interno - 1167589 - FRANCISCO DE OLIVEIRA BARROS JUNIOR
Notícia cadastrada em: 31/05/2019 11:14
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