A população LGBT vive exposta a constantes violências e discriminação. Esse estudo tem por objetivo desvelar se, mesmo os trabalhadores LGBT que estão inseridos no mercado de trabalho, aqui especificados os que trabalham na parte administrativa de universidades e faculdades públicas e privadas da cidade de Teresina-PI, tem encontrado acolhimento e oportunidades de desenvolvimento profissional ou relatam sofrer qualquer tipo de discriminação. A pesquisa, de cunho qualitativo, foi realizada através de pesquisa bibliográfica e entrevistas semiestruturadas com os sujeitos, que foram definidos pela técnica “bola de neve” e interpretadas através de análise temática. São apresentados os conceitos de gênero e sexualidade, bem como debatidas as particularidades inerentes ao mercado de trabalho, sua relação com a diversidade sexual e raça/etnia e como isso afeta os trabalhadores. Os principais autores que embasam esta pesquisa são Raewyn Connell, Heleieth Safiotti, Daniel Borrillo, Marco Aurélio Máximo Prado, Eve Sedgwick, entre outros. Aprovada pelo Comitê de Ética em pesquisa da UFPI, entrevistou sete trabalhadores administrativos LGBT de universidades/faculdades públicas e privadas. Os entrevistados reportaram casos de discriminação no ambiente de trabalho, com prevalência de violência psicológica, como piadas, brincadeiras pejorativas e comentários inoportunos. Também foram relatados casos de assédio moral e sexual, depressão, ansiedade, uso de álcool e drogas, relacionados, ainda que de forma indireta com as pressões do ambiente de trabalho e sexualidade, mesmo que minoritários.