O discurso religioso ganhou destaque no Brasil, com parlamentares evangélicos buscando maior influência na política. Desse modo, a criação da Frente Parlamentar Evangélica (FPE) remonta a sua formação como uma bancada eleita em 1987. Desde então, a FPE se tornou um ator significativo na política partidária brasileira, com a participação de seus membros em momentos cruciais, especialmente na defesa de valores conservadores. A partir daí a influência da agenda dos religiosos evangélicos no Brasil cresceu gradualmente desde o retorno da democracia, com um aumento significativo na década de 1990 e um aumento ainda maior a partir de 2007, culminando na consolidação da Frente Parlamentar Evangélica. Com o intuito de alcançar os objetivos do presentes trabalho, utilizamos os métodos qualitativos e quantitativos, também analisando dados estatísticos referentes às eleições e população (IBGE), dados históricos sobre política e religião no Brasil, análise e comparação de estudos anteriores, publicações da imprensa e dos partidos, da FPE, além da pesquisa bibliográfica e documental de caráter exploratório acerca da presença dos evangélicos na política brasileira levando em consideração o período relacionado entre o ano de 2015 a 2021. Verificou-se que a Frente Parlamentar Evangélica é resultado da democracia, que permite a diversidade política e a participação dos evangélicos nas deliberações do poder político, destacando-se a interação entre religião e política na história das sociedades. E os objetivos da pesquisa? Como resultados da pesquisa verificou-se que a FPE possui uma atuação política significativa, buscando influenciar a legislação sobre temas importantes para a sociedade, sendo que um dos reflexos mais notados se dá pelo crescimento exponencial da fé evangélica no Brasil, o que tem levantado discussões sobre a laicidade do Estado. O trabalho destaca que a FPE tem uma agenda conservadora, defendendo valores tradicionais, se opondo ao aborto, aos direitos LGBTQI+ e promovendo questões relacionadas à família.