Atualmente, a produção racionalizada de “informações enganosas” (Santaella, 2021) nos meios de comunicação de massa e nas mídias digitais tem ganhado proporções planetárias, tornando-se conhecidas por fake news. Partindo da hipótese de que a profissão docente pode influenciar na identificação das mesmas, esta pesquisa objetivou analisar as representações sociais (Durkheim 1970; Rodrigues, 1998) dos docentes do Ensino Fundamental sobre esse fenômeno. Utilizando questionários enviados a 15 docentes em Teresina, via aplicativo Kobotoolbox (2024), a análise de conteúdo de Bardin (2009) foi aplicada. Foi utilizada, ainda, a metodologia da escala Likert1 para realização de aprofundamento de questões respondidas superficialmente pelos sujeitos. Os resultados indicam que os docentes são majoritariamente homens, casados, com especializações diversas e, em sua maioria, católicos não praticantes. As fake news foram percebidas como uma ferramenta complexa de manipulação, exigindo dos docentes não só a identificação, mas também a promoção da conscientização e do pensamento crítico entre os alunos. A relação entre fake news e acesso à internet foi destacada como um desafio emergente, com a internet2 sendo identificada como um espaço propício para a disseminação de desinformação. Apesar de a maioria dos docentes ter habilidades para discernir notícias verdadeiras de falsas, a pesquisa ressalta a importância da educação midiática e do pensamento crítico, especialmente no cenário político. Conclui-se que a pesquisa contribui para uma compreensão mais profunda das representações sociais dos docentes sobre fake news e reforça a importância da educação na construção de uma sociedade informada e democrática, deixando espaço para novos estudos e análises