Os congestionamentos de trânsito nos grandes centros urbanos vêm aumentando a cada ano e prejudicando a mobilidade das pessoas. Além disso, causam stress aos motoristas, consumo excessivo de combustível e intensificam a degradação do meio ambiente por meio da emissão do dióxido de carbono (CO2). As interseções entre as vias são pontos que podem contribuir significativamente para o aumento dos congestionamentos de trânsito. O uso de semáforos nesses pontos pode ajudar a controlar o trânsito e reduzir os congestionamentos. A configuração de temporização desses semáforos também é um fator importante a ser considerado. Em geral, a maioria dos semáforos nas interseções opera de acordo com configurações de tempo fixo. Entretanto, os fluxos de veículos, em cada uma das vias de uma interseção, nem sempre possuem as mesmas características no decorrer do tempo. Para controlar o fluxo de veículos nas interseções de forma mais eficiente, é preciso que os semáforos operem de forma dinâmica, considerando informações de tráfego em cada uma das vias que ele controla. Uma das tecnologias utilizadas para obtenção dessas informações de tráfego pelos semáforos são as redes veiculares. As redes veiculares (VANETs - Vehicular Ad hoc Networks) são um tipo particular de rede móvel ad hoc onde cada veículo é dotado de uma OBU (On Board Unit), que periodicamente envia informações na rede. Além disso, um semáforo pode operar como uma RSU (Road Side Unit) que permite a recepção das informações enviadas pelas OBUs. Utilizando redes veiculares, este trabalho apresenta um algoritmo de controle inteligente de semáforo reformulado a partir de um aperfeiçoamento da melhor solução encontrada na literatura até então, o ITLC (Intelligent Traffic Light Controlling). O ITLC escalona pelotões de veículos, delimitados por uma área virtual no entorno de um semáforo, para cruzar a interseção conforme suas características de tráfego. As melhorias deste trabalho incidem na forma como os pelotões de veículos são formados e atualizados em relação ao ITLC original. A partir de experimentos realizados em ambiente simulado, verificou-se que o tempo médio de espera dos veículos no semáforo, utilizando o algoritmo aprimorado, foi 12% menor que o ITLC nos cenários com maior demanda de tráfego e aproximadamente 30% menor nos cenários com menor demanda de tráfego. Também foram observadas reduções na emissão média de CO2 pelos veículos, bem como na média de pacotes transmitidos pelos mesmos em relação ao ITLC. A vazão de veículos no semáforo também foi aumentada em pelo menos 4% em todos os cenários com o algoritmo aprimorado.