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Banca de DEFESA: RODRIGO DE SOUSA MELO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RODRIGO DE SOUSA MELO
DATA: 08/04/2016
HORA: 09:00
LOCAL: AUDITÓRIO DO TROPEN
TÍTULO:

 Turismo de baixo carbono em Unidades de Conservação no Piauí


PALAVRAS-CHAVES:

 Emissões de CO2; Mudanças climáticas; Áreas protegidas; Sustentabilidade.


PÁGINAS: 173
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:


 

As mudanças climáticas que consistem no expoente principal da crise contemporânea na relação entre sociedade e natureza afetam todas as atividades humanas. Em função desse cenário, novos arranjos de planejamento e gestão devem ser alicerçados por ações contextualizadas nos princípios do desenvolvimento de baixo carbono. Assim, esta pesquisa questionou se o turismo nas Unidades de Conservação (UCs) Parque Nacional (PARNA) de Sete Cidades e APA do Delta do Parnaíba conciliam o uso turístico com a conservação dos recursos ambientais e a melhoria de qualidade de vida das populações locais? Com base nessa indagação, a hipótese dessa investigação assenta-se em que o desenvolvimento do turismo de baixo carbono, no PARNA de Sete Cidades e na APA do Delta do Parnaíba minimiza os impactos sociais, econômicos e ambientais. Nessa perspectiva, analisaram-se os impactos do turismo nas UCs APA do Delta do Parnaíba (PI) e no PARNA de Sete Cidades, embasado no inventário das fontes de emissão de dióxido de carbono (CO2) dos visitantes e nos princípios do turismo de baixo carbono. E, especificamente, diagnosticou-se a visitação turística nas UCs; caracterizou-se as emissões de CO2 dos atores turísticos nas referidas UCs; comparou-se as estimativas de emissão de CO2 em uma UC de Proteção Integral e uma de Uso Sustentável, com vistas a avaliar a existência de diferenças entre categorias de UCs, como também se relacionou as estimativas de emissão de CO2 com as variáveis sociais, econômicas e ambientais, para aferir se haviam correlações entre as mesmas. Para tanto, metodologicamente, utilizaram-se pesquisas bibliográfica e de campo, e como ferramentas analíticas o método SWOT e o modelo de inventariação de CO2 do DECC e do IPCC. Fundamentado nessa investigação, identificou-se que a caracterização dos aspectos sociais, econômicos, políticos, ambientais e turísticos dos Ambientes Interno (AI) e Externo (AE) da análise SWOT, explicitou a inexistência de planejamento e gestão do uso e ocupação do solo como o principal conflito inerente a APA do Delta do Parnaíba e ao PARNA de Sete Cidades, além da precária infraestrutura de apoio ao turismo. Já referente ao inventário das emissões de CO2, detectou-se que a média das emissões per capita dos visitantes na APA do Delta do Parnaíba foi de 39,2 kgCO2 por dia e no PARNA de Sete Cidades foi de 6,9 kgCO2 por dia, sendo os principais vetores, o consumo de combustíveis, que respondeu por 91,3% e 78,2%, seguido pela produção de lixo orgânico e inorgânico com 7,8% e 21,8%, respectivamente. Nos meios de hospedagem, os visitantes das UCs emitiram cerca de 4,01 kgCO2/pernoite, tendo como principal contribuinte o consumo de energia elétrica, com 94,7% das emissões, acompanhado pela produção de lixo com 4,8% do total. Em síntese, as emissões totais per capita dos visitantes nas UCs APA do Delta do Parnaíba foi de 67,28 kgCO2 na tipologia carro e 20,58 kgCO2 na tipologia ônibus, e no PARNA de Sete Cidades foi de 15,14 kgCO2 e 5,64 kgCO2, respectivamente.  Outrossim, examinou-se que a comparação das emissões entre as UCs, por um lado, revelou como fator determinante na composição do quadro das emissões, o carro de passeio em ambas UCs, e, por outro lado, que o consumo de alimentos e bebidas na APA do Delta do Parnaíba concorreu para a maior produção per capita de lixo em relação ao PARNA de Sete Cidades. Ressalta-se tal configuração pelo fato desta última se enquadrar na categoria de UC de Proteção Integral, que limita o número de pessoas e o acompanhamento de condutores de visitantes ao longo do percurso. Desta forma, verificou-se que o inventário das emissões de CO2 foi essencial para avaliação dos impactos da visitação nas UCs, embasado no modelo do turismo de baixo carbono. Em virtude desse panorama, reconheceu-se a necessidade de pesquisas em outros destinos turísticos e em segmentos específicos com a finalidade de ampliar o conhecimento científico sobre essa temática.

 

 

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALEXANDRE KEMENES - NENHUMA
Externo à Instituição - LIÉGE DE SOUZA MOURA - UESPI
Presidente - 423460 - MARIA DO SOCORRO LIRA MONTEIRO
Externo ao Programa - 1205081 - MARIA MAJACI MOURA DA SILVA
Interno - 1167785 - ROSELI FARIAS MELO DE BARROS
Externo à Instituição - VANICE SANTIAGO FRAGOSO SELVA - UFPE
Notícia cadastrada em: 14/03/2016 09:26
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