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Banca de QUALIFICAÇÃO: FRANCISCO DE TARSO RIBEIRO CASELLI

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCISCO DE TARSO RIBEIRO CASELLI
DATA: 10/10/2018
HORA: 14:30
LOCAL: TROPEN/UFPI
TÍTULO: ANÁLISE DA CADEIA PRODUTIVA DA AMÊNDOA DO COCO BABAÇU NA MATA DOS COCAIS PARA PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS
PALAVRAS-CHAVES: Pegada Ecológica. Energia Renovável. Extrativismo
PÁGINAS: 140
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

A utilização de recursos naturais para geração de energia possibilita a transformação destes e do próprio ambiente, proporcionando mais conforto a vida humana. Contudo, a humanidade, na maioria das vezes, consome os recursos acima da capacidade de reposição natural, levando ao desequilíbrio ambiental. Neste sentido, é preciso explorar fontes renováveis de recursos e energia. Dentre as possíveis fontes renováveis de energia temos a biomassa do coco babaçu que é abundante na região da Mata dos Cocais localizada entre os estados do Maranhão e Piauí, unidades da federação que respondem por mais de 90% da amêndoa de babaçu produzida no país. Neste cenário, o presente trabalho busca estudar a cadeia produtiva da amêndoa do coco babaçu na parcela piauiense da Mata dos Cocais, sob a ótica da sustentabilidade e mediante a utilização da ferramenta Pegada Ecológica. O estudo contou com levantamento bibliográfico e documental sobre o tema. Empregou-se de uso de formulário junto as famílias quebradeiras de coco babaçu, tomando-se por base uma amostra de 95% de confiança e erro amostral de 10% sobre os usos do fruto do babaçu e o processo de obtenção do azeite artesanal e utilizada análise do discurso resultado do processo de aplicação dos formulários para entender o funcionamento da cadeia produtiva. Foram realizadas entrevistas e visitas a empresas que beneficiam a amêndoa para extração do óleo para levantar dados acerca do funcionamento do processo. Utilizando os dados documentais e de campo, foi realizado o desenho e análise da cadeia produtiva da amêndoa do babaçu na região de estudo e calculada a pegada ecológica da produção do azeite/óleo artesanal e do óleo industrializado. Os resultados mostram que o maior gargalo na produção da amêndoa encontra-se no acesso ao coco e falta de organização da cadeia produtiva. Utilizando a ferramenta de sensoriamento remoto a partir de imagens de satélite foram elaborados mapas de uso e ocupação do solo para quatro municípios na Mata dos Cocais no estado do Piauí, onde se observou aumento da área de solo exposto e redução na produção da amêndoa em 73%, quando analisada a série dos anos compreendidos entre 1975 e 2014. O maior gargalo na produção do coco babaçu e sua viabilidade como fonte suplementar de combustível, identificado foi acesso a matéria prima pelas quebradeiras de coco não sendo identificado uma organização eficiente da cadeia produtiva sendo negado o acesso aos babaçueiros sob argumento de proteção à propriedade privada. O azeite artesanal teve uma pegada ambiental maior que o industrializado no cenário estudado. Apesar de tal fato, a pegada do óleo industrializado se mostrou mais sensível a alterações no incremento da demanda especialmente quanto o seu processo de transporte, onde a partir uma alteração igual ou superior a 18% no deslocamento da frota, há a conversão para pegada ambientalmente negativa. É necessário o desenvolvimento de estratégias que busquem mitigar esses efeitos e melhorar o processo para equilibrar o resultado, permitindo que este seja o mais sustentável possível. Deste modo, articular a cadeia produtiva do babaçu pode trazer grandes benefícios para a população que dela retira seu sustento, colaborando para a preservação ambiental. Defende-se aqui a exploração sustentável do coco babaçu, com o envolvimento de todos aqueles que podem se beneficiar com a atividade – quebradeiras de coco, órgãos de gestão ambiental e a indústria de produção de biocombustíveis.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1046342 - ELAINE APARECIDA DA SILVA
Externo ao Programa - 1787957 - EULALIO GOMES CAMPELO FILHO
Externo ao Programa - 434.977.053-49 - HELANO DIOGENES PINHEIRO - UESPI
Presidente - 423289 - JOAO BATISTA LOPES
Externo ao Programa - 492.147.563-68 - MARIA ALEXSANDRA DE SOUSA RIOS - UNILAB
Interno - 1167785 - ROSELI FARIAS MELO DE BARROS
Notícia cadastrada em: 21/09/2018 15:31
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