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Banca de DEFESA: MARIA DE FATIMA VIEIRA CRESPO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA DE FATIMA VIEIRA CRESPO
DATA: 29/10/2019
HORA: 08:30
LOCAL: PRODEMA-UFPI
TÍTULO: CADEIA DE VALOR DO CARANGUEJO-UÇÁ (UCIDES CORDATUS, LINNAEUS, 1973) DA RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA DELTA DO PARNAÍBA, MARANHÃO/PIAUÍ, NORDESTE DO BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: Ucides cordatus. Instrução Normativa MPA Nº9/2013. Competitividade. Etnoeconomia. Conflitos socioambientais. Práticas de conservação dos manguezais
PÁGINAS: 214
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

O Ucides cordatus (Linnaeus, 1973) é um dos componentes representativos do relevante ecossistema manguezal. Todavia, a alta mortalidade entre a captura e o consumo motivou estudo que resultou na normatização do armazenamento e transporte dos indivíduos vivos. Assim, questiona-se: como a Instrução Normativa Nº9/2013 vem transformando a cadeia de valor do caranguejo-uçá do Delta do Parnaíba nos aspectos econômicos, sociais e ambientais? Explicitam-se que a implementação da IN impactou positivamente a cadeia de valor, ao promover melhoria na renda do catador, ainda que poucos compradores determinem os preços e a quantidade extraída; acentuaram os conflitos entre os extrativistas e destes com os intermediários; e, a diminuição da pressão sobre o caranguejo e o mangue contribuiu com a sustentabilidade da atividade. Objetivou compreender o sistema de atividades da cadeia de valor do caranguejo-uçá do Delta do Parnaíba, a partir da implementação da IN MPA Nº9/2013. Especificamente, configurou o perfil socioeconômico dos operadores, caracterizou a cadeia de valor, analisou as vantagens competitivas, por meio dos produtos, processos produtivos e custos de produção, identificou as relações sociais salientando os conflitos socioambientais, e descreveu as práticas dos extrativistas para a conservação dos manguezais. Realizado entre setembro de 2015 e outubro de 2016, o estudo envolveu 15 comunidades onde residem os extrativistas. Para coleta de dados usou-se a pesquisa participante pesquisa-ação, via as ferramentas de abordagem observação participante, conversas informais e entrevistas guiadas por formulário, além de oficinas com operadores locais. Em um universo de 565 extrativistas, estimou-se uma amostra probabilística de 140 atores. Como resultado tem-se que os trabalhadores são predominantemente homens, adultos e com baixa escolaridade, dificultando a organização e gestão da atividade. A cadeia de valor é constituída de atividades primárias, descritas nos segmentos de extração, comercialização, processamento e mercado consumidor; atividades de apoio especificadas em reguladores, infraestrutura, recursos humanos, desenvolvimento de tecnologia e aquisição; e margem concentrada nas mãos dos proprietários de restaurantes. A competitividade destaca-se nas inovações nos produtos e processos refletidas na redução dos custos de comercialização. As causas dos conflitos socioambientais são a existência de áreas de uso comum, classificação do caranguejo sem o uso de medidor, diferentes preços e excessiva captura para o beneficiamento. Práticas tradicionais de conservação dos manguezais são expressas no uso de técnicas tradicionais de captura, nas regras locais e no conhecimento ecológico do mangue e biológico dos crustáceos, salientados na percepção e respeito do dimorfismo sexual, período reprodutivo e ecdise. Constatou-se o fortalecimento do poder de mercado oligopsônico, intensificado nas inovações ocorridas no produto, na redução dos custos de comercialização e na dominação das relações sociais, ressaltando a competitividade do caranguejo-uçá do Delta do Parnaíba em relação a outros territórios fornecedores. Conclui-se o ganho ambiental proporcionado pela redução da mortalidade e menor quantidade de indivíduos capturados para o mercado de Fortaleza/CE, confirmando a diminuição da pressão sobre o estoque de U. cordatus. Entretanto, evidenciou a intensificação do beneficiamento, necessitando da regulamentação desse segmento e do monitoramento continuado para afirmar a contribuição da IN para a sustentabilidade do recurso e da atividade


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ADRIANA ROSA CARVALHO - UFRN
Externo ao Programa - 007.076.033-07 - EMILIANA BARROS CERQUEIRA - UFPI
Presidente - 423405 - JAIRA MARIA ALCOBACA GOMES
Externo à Instituição - JEFFERSON FRANCISCO ALVES LEGAT - EMBRAPA
Externo ao Programa - 1729791 - JOSÉ NATANAEL FONTENELE DE CARVALHO
Externo à Instituição - LISSANDRA CORRÊA FERNANDES GÓES - UESPI
Interno - 1167785 - ROSELI FARIAS MELO DE BARROS
Notícia cadastrada em: 07/10/2019 17:46
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