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Banca de DEFESA: JOSÉ ALEX DA SILVA CUNHA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSÉ ALEX DA SILVA CUNHA
DATA: 25/02/2019
HORA: 08:30
LOCAL: TROPEN/UFPI
TÍTULO: PADRÕES ETNOBIOLÓGICOS DE ARACNÍDEOS (ARACHNIDA, ARANEAE) DO DELTA DO PARNAÍBA – BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: Biodiversidade, Percepção Ambiental, Etnozoologia, Etnoaracnologia
PÁGINAS: 134
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

O Delta do Parnaíba é considerado o terceiro maior do mundo é o único no Continente Americano a desaguar diretamente no oceano. É uma Unidade de Conservação (UC), cujos espaços de seu território legalmente estabelecidos pelo poder público para a conservação, possui limites definidos e regime característicos de administração, como forma de garantir sua proteção. Pesquisas etnobiológicas são escassas para a região da Área de Proteção Ambiental (APA), fazendo-se necessários estudos que demonstrem o conhecimento etnobiológico, as práticas ambientais, culturais e a realidade socioeconômica das comunidades na região. O objetivo deste estudo foi contribuir com o conhecimento sobre aranhas e sua relação com as comunidades, por meio de uma perspectiva etnozoológica e etnoecológica, oferecendo embasamento para futuras estratégias voltadas a conservação. O trabalho em campo foi desenvolvido nas comunidades do Labino e Tatus no Piauí; Passarinho e Caiçara no Maranhão, todas pertencentes a área de influência (RESEX) Marinha Delta do Parnaíba, inserida na APA. As atividades foram compreendidas entre os anos de 2016 e 2018. Entrevistou-se 162 pessoas, entre homens e mulheres, maiores de idade. Os participantes citaram um total de 264 indivíduos, distribuídos em 36 etnoespécies, classificadas em 11 famílias de aranhas. Mais da metade dos moradores (59%) nomearam pelo menos um comportamento destes invertebrados, relacionando-o as suas atividades funcionais. Os entrevistados exibiram uma variedade de atitudes em relação as aranhas, prevalecendo aspectos negativos, com ênfase ao medo (63%) ou a vontade de matá-las (34%). O uso destes de aranhas pelas comunidades está relacionado ao caráter terapêutico (66,6%) ou magia (44,4%) em ambos, os participantes usam todo o copo do animal. A remuneração, associada à escolaridade e o acesso restrito aos serviços públicos parecem ser os principais descritores destas comunidades. Aplicou-se 158 mapas mentais junto aos alunos nas escolas da APA, e paralelamente foram desenvolvidas atividades de educação ambiental. Os alunos apresentam uma boa noção para descrever as paisagens da APA, porém expressam uma certa dualidade entre a percepção naturalista e a inclusão do homem como integrante do meio ambiente. Os estudantes percebem as aranhas por intermédio de uma visão naturalista, como peça importante da fauna local, destacando aspectos relacionados ao modo de vida destes invertebrados. A percepção dos moradores neste estudo, reflete os saberes relacionados aos aspectos biológico e ecológico das aranhas, mediante um conjunto conhecimentos e comportamentos em relação a elas, o que pode ser traduzido como um valioso recurso cultural. Percebe-se uma total ausência de atividades voltadas a Educação Ambiental nas comunidades, talvez pela ausência ainda, de um plano de manejo da APA.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ETIELLE BARROSO DE ANDRADE - IFPI
Interno - 423289 - JOAO BATISTA LOPES
Externo à Instituição - KELLY POLYANA PEREIRA DOS SANTOS - UESPI
Externo à Instituição - MARIA IRACEMA BEZERRA LOIOLA - UFC
Externo à Instituição - MARIA PESSOA DA SILVA - UESPI
Presidente - 1167785 - ROSELI FARIAS MELO DE BARROS
Interno - 1354664 - WILZA GOMES REIS LOPES
Notícia cadastrada em: 05/02/2019 09:44
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