A doença do movimento visualmente induzida (DMVI) é um termo genérico utilizado para se referir ao tipo de classificação da doença do movimento tradicional, a Cinetose. Seus sintomas se manifestam mediante os estímulos visuais na ausência do movimento real. Dependendo do equipamento e do ambiente de laboratório, a DMVI pode ser subdividida em diferentes subcategorias. Em ambientes virtuais, por exemplo, tem sido intitulada como cybersickness com ocorrência de efeitos colaterais, como fadiga ocular, tontura e náuseas além de dificuldade de concentração. Pelo fato de ainda não existirem marcadores fisiológicos específicos para detecção do início da DMVI, o auto relato é a principal forma de identificar e quantificar a ocorrência desta condição, sendo feito por meio do Simulator Sickness Questionnaire (SSQ). Dessa forma o presente estudo visa demonstrar como a DMVI, ocasionada pela realidade virtual, interfere na realização do movimento sacádico por meio da eletroencefalografia tendo como referência a análise da potência absoluta da banda beta parietal e occipital. Para isso 32 participantes do sexo feminino, com idade entre 18 e 28 anos, e destras foram divididas em dois grupos de acordo com o SSQ, grupo controle e grupo DMVI. As participantes realizaram 120 trilhas de estímulos luminosos, em seguida fizeram uso da realidade virtual e repetiram novamente as trilhas de estímulos luminosos. Os resultados demostraram uma diferença estatisticamente significativa na potência absoluta da banda beta parietal e occipital entre os grupos controle e DMVI, bem como uma diferença estatisticamente significativa entre os momentos antes e depois em cada grupo analisado.