Perceber e interpretar os intervalos de tempo são habilidades inatas e essenciais a todas as espécies animais, pois estão incorporadas a inúmeras funções cognitivas no processo de adaptação ao ambiente. No entanto, a base neural da percepção do tempo permanece envoltas em mistérios dentro da neurociência, uma vez que existem maneiras pelas quais a percepção do tempo distorce. Desta maneira novas abordagens como a Realidade Virtual vêm sendo desenvolvidas para analisar a temporização, principalmente em tarefas que demandam a cognição e funções executivas em atividades cotidianas. O objetivo do estudo foi investigar as modificações corticais e o desempenho dos participantes durante uma tarefa de produção do tempo induzida por mudanças na velocidade de um estímulo virtual não-imersivo em 3D. Trata-se de um procedimento experimental com um desenho de estudo pré-clínico randomizado. Os participantes foram distribuídos aleatoriamente entre as condições de acordo com a variação de velocidade do estímulo visual que foram submetidos (normal, fast ou slow) e a tarefa controle, os mesmos foram monitorados por meio de um eletroencefalograma durante o repouso e a tarefa de produção do tempo. Para todas as análises, foi considerado o nível de significância de p ≤ 0,05. A análise comportamental por meio do erro absoluto e do erro relativo demostrou que houve efeito principal estatisticamente significativo para condição em cada tempo (p = 0,005). Na análise eletrofisiológica foi observado interação estatisticamente significativa entre área e condição (p = 0,001) e entre momento e condição (p = 0,006), para os tempos 1s, 4s e 7s.