Estudos fornecem evidências das alterações corticais decorrentes do treinamento físico e já é documentado que atletas realizam estimativas de tempo mais precisas comparados a não-atletas. Porém, não é conhecido estudos que compararam as respostas corticais da percepção do tempo de indivíduos praticantes e não-praticantes de atividade física. Este estudo investigou a influência do nível de atividade física na atividade da banda beta em regiões frontais, especificamente no córtex fronto-polar, córtex motor primário central e córtex parietal durante a tarefa de estimativa do tempo. Cinco sujeitos formaram o grupo praticante de atividade física e cinco sujeitos formaram o grupo não praticante de atividade física. As coletas foram realizadas em duas visitas em dias intercalados. No primeiro dia foi realizado a caracterização da amostra e no segundo dia a análise da potência da banda beta da eletroencefalografia durante uma tarefa de estimativa do tempo de quatro intervalos de suprassegundos. Os resultados indicam que não houve diferença no desempenho da tarefa para o erro absoluto e relativo entre os grupos, porém os erros de execução da tarefa aumentaram a medida que aumentou os intervalos de tempo. A atividade de beta apresentou diferença estatisticamente significativa entre os grupos em todos os intervalos analisados, com os não praticantes de atividade física apresentando a maior atividade cortical. Esses resultados preliminares aumentam o conhecimento acerca das evidências neuropsicofisiologicas da percepção do tempo.