ESTUDO DA PREVALÊNCIA DO POLIMORFISMO MMP-9 R279Q (rs17576) EM UMA POPULAÇÃO COM CÂNCER DE PRÓSTATA DO NORDESTE BRASILEIRO
Câncer, metaloproteinases de matriz, polimorfismo, próstata.
O câncer de póstada (CaP) é uma das neoplasias malignas mais comuns entre os homens com idade superior a 60 anos. Trata-se de uma patologia de etiologia bastante heterogênea, o que exige complexas interações entre fatores genéticos e ambientais, e possui distribuição mundial. As metaloproteinases de matriz (MMPs) são enzimas proteolíticas dependentes de zinco que desempenham papéis essenciais em processos fisiológicos e patológicos do organismo, inclusive nas etapas de desenvolvimento e progressão do câncer, exercendo funções complexas na invasão e metátase de células tumorais, por meio da degradação de componentes da matriz extracelular. Nas regiões promotoras dos genes MMP, existem variações genéticas específicas que afetam a sua expressão, e estas têm sido associadas à suscetibilidade a diversas doenças, dentre elas o câncer. Este fato tem motivado a realização de diversos estudos de associação genética com vários tipos de câncer, incluindo o CaP. A variante polimórfica MMP-9 R279Q possui uma distribuição bastante heterogênea em diferentes populações mundiais e está associada com diversas patologias multifatoriais. O presente estudo caso-controle teve como objetivo avaliar a prevalência do polimorfismo R279Q do gene MMP-9, bem como sua associação com o CaP e suas características clínicas e patológicas em uma população do nordeste brasileiro. Foram incluídos no estudo 150 pacientes com CaP e 150 controles do estado do Piauí. Após a extração do DNA a partir das amostras de tecido de carcinoma prostático dos pacientes e sangue periférico dos controles, o polimorfismo foi analisado por meio da técnica de Reação em Cadeia da Polimerase seguida de digestão enzimática com endonucleases de restrição por meio da técnica de Polimorfismo no Comprimento do Fragmento de Restrição (PCR-RFLP).