Introdução: O novo coronavírus (SARS-CoV-2) é o agente causador de uma
síndrome respiratória aguda grave, denominada como COVID-19, vindo a se
tornar uma pandemia global. A doença apresenta diferentes estágios de
gravidade e suas principais repercussões são percebidas no sistema
cardiorrespiratório e na parte da funcionalidade, principalmente daqueles que
necessitaram de internação hospitalar. Visto isso, existem testes de baixo
custo, alta confiabilidade e boa reprodutibilidade que são amplamente
utilizados para a avaliação fisioterapêutica dos sistemas cardíaco e respiratório,
bem como, das capacidades funcionais nessa população. Objetivo: Avaliar os
impactos funcionais e respiratórios em pacientes pós-COVID-19 que
necessitaram de internação hospitalar, em comparação com aqueles que
testaram positivo e realizaram isolamento e quarentena, bem como com
indivíduos sedentários saudáveis que nunca positivaram no teste para COVID-
19. Metodologia: Tratou-se de um estudo de coorte transversal de caráter
observatório, no qual foram avaliados 23 voluntários com diagnóstico de
COVID-19 que necessitaram de internação hospitalar (G1), 15 voluntários com
diagnóstico de COVID-19 que não necessitaram de internação (G2) e 15
participantes sem o diagnóstico da doença, considerados sedentários
saudáveis (G3). Foram realizados testes funcionais (Teste de Caminhada de 6
minutos, Teste de Escada de 2 min, Teste de sentar e levantar de 1 minuto,
“Time up and go”) e testes respiratórios (manovacuometria, ventilometria, pico
de fluxo expiratório). Resultados parciais: Não houve diferença
estatisticamente significativa (p<0,05) entre os grupos em todos os testes
respiratórios e funcionais e quando comparados os grupos percebe-se uma
diferença significativamente estatística (p= 0,0311) em relação ao peso entre
G1 e G3. Considerações finais: A princípio pode-se inferir que não há
repercussões funcionais e respiratórias nos voluntários infectados por COVID-
19, com ou sem internação, quando comparados a indivíduos sem a infecção
pela doença. Vale ressaltar o fato de o grupo com internação apresentar maior
peso que os demais grupos o que corrobora com o fato de a obesidade estar
relacionada ao maior risco de gravidade da doença.