Este trabalho teve o objetivo de realizar um diagnóstico do Museu de Arte Sacra de Oeiras, localizado no Sertão do Estado do Piauí, criado em 1983, como parte das celebrações dos 250 anos da Catedral de Nossa Senhora da Vitória; e um exercício de documentação museológica do acervo desse equipamento cultural. O Museu tem sua sede no Palácio Capitão-mor, João Nepomuceno Castelo Branco, antigo Paço Episcopal. Salvaguarda um rico e complexo acervo que precisava ser documentado. A exposição de longa duração do Museu é formada por imagens de madeira policromada séculos XVII, XVIII e XIX; castiçais e coroas de prata, mobiliário das igrejas seculares de Oeiras e peças oriundas de colecionadores particulares. Este trabalho nasceu da necessidade criar estratégias efetivas de salvaguardar o patrimônio sacro da Cidade, sob a tutela do Museu de Arte Sacra, que não possui ainda um plano museológico e necessita de medidas urgentes na sua infraestrutura, vez que a situação atual do edifício coloca em risco seu rico e complexo acervo. As dificuldades enfrentadas pela Instituição, levantam dúvidas sobre a sua existência, o seu futuro enquanto equipamento museal. O acervo do Museu traduz uma cultura religiosa, marca de identidade do território; as memórias das pessoas que residem em Oeiras e entorno, identidades representadas no acervo sacro do Museu, que a perder-se caso não haja ações efetivas de reafirmação de sua missão e vocação. Diante dessa realidade e na condição de educador a trabalhar no Museu, realizamos este trabalho, por acreditarmos na necessidade construirmos programas, projetos e ações que resultem na salvaguarda desse acervo museológico. Foi nesse contexto que realizamos um diagnóstico e exercício de documentação museológica do Museu de Arte Sacra de Oeiras, fundamental para a construção futura de um Plano Museológico, que aprimore a gestão do Museu, promova atividades de salvaguarda do patrimônio constituído pelo acervo. O diagnóstico auxilia na tomada de decisões, aponta alternativas, caminhos e novas formas de transformação institucional. Com 35 anos de existência, para que a função social do Museu seja efetiva, o planejamento estratégico, inicialmente caracterizado pela realização do diagnóstico e de um exercício de documentação museológica, se apresentam como basilares à existência futura, reafirmando sua função sócio - educativa e cultural, como ferramentas de gestão.