Os museus comunitários enfrentam dificuldades para garantir a sustentabilidade econômico-financeira, a construção de projetos técnicos empreendedores e a captação sistemática de investimentos. Do ponto de vista dos fomentadores das unidades museológicas no Brasil, observa-se a deficiente capilaridade para atender as especialidades das regionalidades brasileiras, dispersão de investimentos e descontinuidade de projetos fomentados. Buscando contribuir com as estratégias de solução das questões levantadas, foi executada uma pesquisa com objetivo de levantar fomentos elegíveis e enlaçar de forma participativa os projetos do Museu da Vila (MUV) com fundos e políticas públicas. O trabalho associou a investigação exploratória, bibliográfica e documental no ciberespaço, elementos da pesquisa-ação participativa, especificamente questionário, entrevistas e oficinas de construção de conhecimentos, com encontros dos projetos e com fomentadores no ambiente de Matchmaking. Os resultados apontam 166 (cento e sessenta e seis) potenciais fontes financiadoras para a museologia, com destaque para as áreas de inovação social; cultura e meio ambiente; inclusão socioprodutiva; e soberania alimentar. Também se edificou processos educativos para os projetos do MUV na perspectiva do empreendedorismo social e edificou-se um canal de diálogo entre financiadores e demandantes para enlace de projetos com investimentos em museus. Por fim, a investigação contribuiu com o processo de democratização do acesso à informação sobre fontes de investimentos para museus.