O acesso à cultura é um direito do cidadão e a acessibilidade, de um modo geral, é condição fundamental a todo processo de inclusão social e contribui para a democratização cultural. Pela acessibilidade, inclui-se também as pessoas com deficiência nas instituições culturais, de maneira que possam ser acolhidas, que possam desfrutar das ações culturais de deleite espiritual, de prazer estético, de informação para o conhecimento e de puro entretenimento. Nos ambientes culturais a acessibilidade é o caminho para o reconhecimento da diversidade humana e da garantia dos direitos culturais das pessoas com deficiência, em especial as pessoas cegas e/ou com baixa visão e torna-se evidente a necessidade de criação de eventos culturais que possam agregar as pessoas que estão à margem do seu direito fundamental de participar plena e efetivamente na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Assim, o presente trabalho trata do uso de tecnologias assistivas na acessibilização de obras de artes visuais através de uma proposta de audiodescrição em matrizes de xilogravuras de Yolanda Carvalho, para pessoas cegas e/ou baixa visão, promovendo a inclusão social, dentro dos paradigmas de uma museologia cidadã.