INTRODUÇÃO: O comportamento suicida engloba a ideação suicida, o planejamento, a tentativa de suicídio e, pode culminar, no próprio suicídio. Têm-se identificado alta prevalência deste comportamento em adolescentes. Em decorrência do contato mais próximo às famílias, em especial dos adolescentes, as escolas em associação às Unidades Básicas de Saúde, por meio do Programa Saúde na Escola, são consideradas essenciais na prevenção do comportamento suicida, tendo o professor como elo entre os serviços, por estes se localizarem em posição estratégica dentro do ambiente escolar, para atuarem como provedores da prevenção do comportamento suicida. OBJETIVO: Analisar conhecimentos e práticas de professores de ensino fundamental sobre comportamento suicida e estratégias de prevenção. MÉTODO: Estudo qualitativo apoiado na pesquisa-ação, desenvolvido em escola pública do município de Teresina, Piauí, Brasil. A amostra era constituída por nove professores de ensino fundamental. O estudo foi dividido em fases operacionais, a saber: introdutória ou de negociação; de desenvolvimento (seminários), de mapeamento e categorização dos dados; e os resultados, que foram apresentados em forma de artigo. Utilizaram-se técnicas pautadas no Método Criativo e Sensível. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) conforme aspectos éticos da Resolução nº. 466/2012 e nº. 510/16, regulamentada pelo Conselho Nacional de Saúde. RESULTADOS: O conhecimento dos professores baseava-se na identificação dos sinais de alerta em sala de aula, recomendando-se para prevenção a identificação do aluno em risco, a observação, o diálogo, o monitoramento e a utilização de redes de apoio. Em relação à prática, citou-se a aproximação professor-aluno e a identificação e prevenção do bullying. CONCLUSÃO: Observa-se a necessidade de ações voltadas para a capacitação e educação permanente desses profissionais, tendo em vista sua posição privilegiada para a promoção de ambientes saudáveis e intervenções de resiliência bem como para a prevenção e identificação dos adolescentes em risco, com manejo adequado e encaminhamento compartilhado aos serviços de saúde