INTRODUÇÃO: A sífilis é uma doença causada pelo Treponema pallidum, sendo transmitida principalmente pela via sexual e vertical. OBJETIVO: Analisar os conhecimentos, atitudes e práticas de adolescentes universitários sobre a sífilis. MÉTODO: Estudo transversal, analítico, desenvolvido por meio de inquérito de Conhecimentos, Atitudes e Práticas (CAP), com o universo de adolescentes (n=598) de 18 e 19 anos matriculados em curso presencial das três instituições de ensino superior do município de Piripiri-PI A coleta de dados ocorreu de março a maio de 2019 a partir de um questionário adaptado da PCAP 2013, do Ministério da Saúde. As variáveis conhecimento, atitude e prática foram classificadas por escores. Após a análise descritiva, realizaram-se análises bivariadas por meio do teste de Qui-quadrado de Pearson e Odds Ratio. As variáveis que apresentaram valor de p ≤ 0,20 foram incluídas no modelo multivariado de Regressão Logística - foward stepwise, com estimativa de Odds Ratio Ajustada, Intervalo de Confiança de 95%, e p<0,05. RESULTADOS: A maioria era do sexo feminino (56,4%), com 19 anos (54%), solteiros (95,2%), morando com os pais (63%). 66,7% eram amarelos/indígenas; 81,1% não exercia atividade remunerada e 70,8% possuía renda familiar maior que 01 salário mínimo. Observou-se que 64,7% possuíam conhecimento adequado/regular, 75,4% atitude muito positiva/positiva, enquanto 73% apresentaram prática inadequada. O modelo multivariado revelou que o sexo masculino possui menores chances de ter conhecimento adequado/regular (p=0,008), enquanto as maiores chances estão associadas a “morar sozinho, com outros parentes e amigos” (p=0,011) e a ter atitude muito positiva/positiva (p=0,001). Menores chances de prática adequada estão associadas ao sexo masculino (p=0,002) e a menor escolaridade do pai (p=0,008). CONCLUSÃO: O conhecimento e a atitude demonstrados pela maioria dos participantes do estudo não foram suficientes para favorecerem a adoção de prática sexual adequada, revelando a necessidade de se investigar outras variáveis que possam estar implicadas nesta incoerência cognitiva.