Introdução: Comportamento suicida é fenômeno complexo e influenciado por fatores pessoais, sociais, psicológicos e culturais. Constitui-se em qualquer ato por meio do qual o indivíduo causa lesão em si mesmo, independentemente do grau de intenção letal. A discussão sobre prevenção do comportamento suicida exige medidas urgentes e indica a necessidade de desenvolvimento de ações na Atenção Básica em Saúde eficazes para enfrentar esse fenômeno multidimensional. Objetivo: Analisar saberes e práticas de Agentes Comunitários de Saúde sobre prevenção do comportamento suicida. Método: Trata-se de estudo qualitativo apoiado pelo referencial da pesquisa-ação, que compreende as seguintes fases: exploratória, tema de pesquisa, colocação dos problemas, hipóteses, seminário, coleta de dados, plano de ação e divulgação externa. Foram realizados dois Seminários Temáticos, nos dias 31 de janeiro e 14 de fevereiro de 2019, precedido de reunião de negociação, na sala de reunião de uma Unidade Básica de Saúde, área urbana da zona leste de Teresina, com 13 Agentes Comunitários de Saúde. A produção dos dados foi realizada por meio da técnica dos seminários temáticos, fundamentados nos pressupostos do método criativo e sensitivo que incorpora a filosofia crítica reflexiva Freireana. As falas dos participantes foram gravadas e transcritas posteriormente. Para a análise, foi utilizado o método da Análise de Conteúdo e as falas foram agrupadas em categorias. Resultados: A partir dos discursos emergiram duas categorias de análise: “Saberes de ACS sobre comportamento suicida” e “Práticas do ACS na prevenção do comportamento suicida”. O conhecimento dos ACS sobre comportamento suicida envolve seus fatores desencadeadores, associado a uma situação de perda e em decorrência dela, traumas emocionais, motivadores para o isolamento e o comportamento suicida, forma mais rápida encontrada para a resolução desses conflitos. As ações práticas direcionadas a prevenção do comportamento suicida incluem a identificação de sinais de alerta e monitoramento da pessoa com comportamento suicidae em orientações sobre a importância da rede de apoio: família, lazer, esporte e ciclo de amizades. Considerações finais: As atividades e educação continuada para ACS pode servir de subsídios para qualificar o atendimento prestado a usuários em situação de risco. Por meio desse saber, os ACS estarão mais capacitados para a realização de atividades preventivas do comportamento suicida de forma mais resolutiva.