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Banca de DEFESA: DANIELLE CARVALHO FERREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DANIELLE CARVALHO FERREIRA
DATA: 20/08/2021
HORA: 14:00
LOCAL: ON-LINE
TÍTULO: SEXUALIDADE PÓS LESÃO MEDULAR: A PERCEPÇÃO DE MULHERES EM TERESINA - PIAUÍ
PALAVRAS-CHAVES: Sexualidade. Mulheres. Lesão medular.
PÁGINAS: 68
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO:

Introdução: A sexualidade da mulher está relacionada a aspectos que vão muito além do ato sexual. Envolve toda a complexidade do ser humano, e integra sentimentos, feminilidade, desejo sexual, autoestima e subjetividade. A lesão medular pode afetar aspectos físicos, psicológicos e socioculturais da sexualidade nas mulheres acometidas por esta deficiência. Objetivo: Conhecer o impacto da lesão medular na sexualidade de mulheres atendidas no Centro Integrado de Reabilitação (CEIR), em Teresina, PI. Métodos: Pesquisa do tipo descritiva, exploratória, de abordagem qualitativa. A amostra foi composta por mulheres selecionadas por conveniência. Foram realizadas 15 entrevistas guiadas por roteiro estruturado até a saturação dos dados, com duração média de 16 minutos. Os critérios de inclusão foram: mulheres maiores de 18 anos, com relato de lesão medular de qualquer natureza e com no mínimo 6 meses de evolução. O critério de exclusão foi: mulheres com alterações cognitivas e/ou neurológicas que poderiam dificultar a comunicação e a entrevista. Os dados foram analisados e codificados a partir das categorias de análise previamente estabelecidas na elaboração do roteiro estruturado de entrevista: 1. Aspectos biológicos e funcionais da resposta sexual; 2. Aspectos psicológicos e emocionais da sexualidade; 3. Aspectos socioculturais que envolvem a sexualidade. Trechos das falas das mulheres foram descritas em todas as categorias de análise, sendo possível identificar subcategorias. Resultados: A amostra foi caracterizada, na sua maioria, por mulheres jovens, de raça/etnia negra, com escolaridade e renda familiar baixas e até 8 anos de lesão medular. Pelo relato das mulheres, houve mudanças biopsicossociais significativas nas suas vivências após a lesão medular. A necessidade de se readaptar às atividades anteriormente realizadas e a dependência de outras pessoas constituem desafios. As mudanças corporais mais frequentes foram alterações nas funções do corpo e na sensibilidade, constipação, dor, variação no peso corporal, mudanças estéticas negativas, transpiração corporal assimétrica e espasticidade. As transformações corporais mobilizaram sentimentos e atitudes de superação, indiferença ou insatisfação com a autoimagem. A prática sexual se manteve com a sensação de algum tipo de prazer, apesar ter sido descrita como qualitativamente pior. A qualidade da vida sexual das mulheres entrevistadas piorou pela ausência ou dificuldade de sentir prazer no toque do corpo e frequente anorgasmia. Houve também a percepção do constrangimento de ser um corpo passivo a esperar pelo outro. O autoerotismo pela prática da masturbação permaneceu infrequente depois da lesão medular. Conclusão: Houve manutenção da vida sexual, embora menos prazerosa, com menos orgasmos e com atitude de passividade durante a prática sexual. 


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 662.467.844-53 - ALBERTO PEREIRA MADEIRO - UESPI
Interno - 287.434.743-49 - ANDREA CRONEMBERGER RUFINO - UESPI
Interno - 1888794 - JOSE WICTO PEREIRA BORGES
Externo à Instituição - MARIA ANDREIA BEZERRA MARQUES - UESPI
Notícia cadastrada em: 16/07/2021 12:22
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