Este trabalho constitui uma investigação da contraposição de Jonas ao legado moderno em matéria de fundamentação da ética. Para Jonas, na modernidade se deu o estabelecimento de dois dogmas, a saber: o de que não há nenhuma verdade metafísica e a impossibilidade de se estabelecer um caminho válido do ser ao dever. De acordo com sua visão, esse segundo dogma ainda não havia sido enfrentado seriamente. Em oposição a ambos, de modo mais específico ao segundo, é proposto um caminho de superação do dualismo mediante uma ontologia geral do ser real, lançando mão da metafísica e postulando um caminho plausível do ser ao dever. Ao tomar esse caminho, além de se opor ao legado moderno, Jonas assumiu o risco de incorrer na falácia naturalista, risco iminente para todos que se aventurarem a fazer o mesmo trajeto. Com esta investigação, busca-se evidenciar a plausibilidade da proposta jonasiana.