Esta pesquisa tem como objeto de investigação a teoria do reconhecimento de Axel Honneth e suas implicações para o tema da individuação e da estima social tal como se encontra exposta – principalmente – em Luta por reconhecimento. Nessa obra, o autor constrói sua concepção do reconhecimento intersubjetivo – a partir das reflexões e teorias de Hegel e Mead. Com base nos estudos psicológicos de Mead, Honneth incorporou à sua teoria do reconhecimento o caráter de inseparabilidade entre as dimensões individual e social do sujeito moderno. Assim, a luta por reconhecimento, na análise de Honneth, representa um ganho para o processo de individuação e para a estima social à medida que ele atualiza a teoria hegeliana para sociedades pós convencionais. Honneth também contribui com a reflexão a respeito da formação identitária dos indivíduos e dos grupos sociais, possibilitando uma melhor compreensão de conceitos sobre autonomia (liberdade); estima social (solidariedade); e ou eticidade (concepção de uma vida boa). Portanto, a teoria honnethiana do reconhecimento tem o objetivo de reconstruir os elementos que estão pressupostos no movimento de luta pelo próprio reconhecimento, sempre que este é violado ou desrespeitado, isto é, não alcançado. Esse trabalho representa então, um esforço de retomar o debate a partir da questão do reconhecimento: individuação e estima social, levando em conta a problemática de uma subjetivação bem sucedida, e como Honneth apresenta as esferas do reconhecimento: o amor que gera autoconfiança; o direito que gera autorrespeito e a solidariedade que gera autoestima. Por fim, iremos avaliar criticamente o potencial dessa teoria para o debate contemporâneo a partir de críticos ao pensamento de Honneth como Fraser e Forst.