O presente trabalho visa fazer um debate sobre o papel das artes frente o crescente avanço da técnica, sobretudo das técnicas de reprodução, como o avanço desses meios atingiu diretamente as aspirações artísticas, como as modificou e como interferiu numa práxis hermenêutica epistemológica de um agir humano. Em nosso estudo, abordamos didaticamente como Walter Benjamin, filósofo, por meio d’A obra de arte na era da reprodutibilidade técnica, mapeou esse movimento de mudança no campo das artes. Nesse estudo, abordamos em três capítulos os pontos em que nossa pesquisa nos permitiu dar uma maior clareza a nossa temática exposta. Vale lembrar que a filosofia no século XX foi um dos saberes mais patenteados pelas principais figuras de pensamento que marcaram época. Dessa forma, analisar o contexto, o qual o ensaio Benjaminiano foi escrito, como surgiu as versões e qual receptividade teve o escrito, é fundamental em um primeiro momento para a própria narrativa presente que se faz do autor. Analisaremos também dois conceitos fundamentais para a compreensão da resposta conceitual do autor aos círculos do pensamento da época e a sua contribuição programática com o ensaio: o conceito de estetização da política e de politização da arte. A ideia é procurar um sentido para um estudo de uma linguagem de mundo que permita analisar as ideias propostas pelo autor, fazendo uma reflexão teórico dissertativa que possa dar conta do esclarecimento conceitual que o ensaio Benjaminiano A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica nos traz acerca da relação arte, política, reprodutibilidade técnica e uma epistemologia do conhecimento. Pontuaremos também a arte de massa como arte politizada e a crise da aura com a guinada moderna das técnicas de reprodução: cinema e fotografia. É por meio da análise desses conceitos e questões que serão norteados a nossa ideia na presente dissertação.