O trabalho aborda, no âmbito da filosofia política, os fundamentos da justiça, a partir
do reconhecimento, da redistribuição e da justificação, enquanto critérios para a
definição de uma sociedade justa. São analisadas como as principais obras de
Nancy Fraser, Axel Honneth e Rainer Forst abordam o tema. Em cada um dos
capítulos foram expostos os fundamentos que cada um dos autores apresenta para
justificar a primazia de sua proposta de garantia da justiça. Para Axel Honneth, são
as relações de reconhecimento que pautam as lutasjustiçasocial. Para Nancy
Fraser, a justiça se configura a partir da combinação de reconhecimento e de
redistribuição. Para Rainer Forst, o cerne da justiça está norespeitodo direito
fundamental à justificação. Para cada propostasão compatibilizados os pontos
fortes e as principais críticas. Assim, ante as potencialidades efragilidadesdas
propostas de fundamentação da justiça (distribuição, reconhecimento e justificação
das relações de poder), conclui-se que nenhum desses critériosé suficiente para
abrangertodasassituaçõesdeinjustiçaqueocorremcotidianamentenas
sociedades contemporâneas. Dessa forma, o mais adequado para a fundamentação
da justiça é o que consegue combinar as relações de justificação do poder com as
demandasde reconhecimento e com as necessidades redistributivas.