O presente projeto se dedicará a pensar a filosofia da ação de Maurice Blondel na perspectiva de uma hermenêutica vital, ou seja, discutir os elementos que constituem a ciência da ação enquanto um caminho no qual a expansão do ser se coloca no horizonte da vida prática a partir do olhar fenomenológico. O percurso se divide em cinco momentos: o primeiro contextualiza e reflete alguns elementos que fundamentam a filosofia de Blondel; o segundo trabalha e discute integrações que compõem a fenomenologia acerca da ação focando para a existência, sentido e destino humano, e o que de fato é filosofia no pensamento blondeliano; no terceiro momento discute-se o fenômeno da ação como aquele que se esforça para elucidar a própria condição humana em termos de expansão de horizontes individual e social; o quarto discorre sobre a possibilidade da expansão do ser da ação como processo natural da expansão do ser motivado por uma opção particular; já o quinto e último capítulo objetiva apresentar uma hermenêutica blondeliana sob a ótica vital, jogando luz sobre a vida como um todo, especificamente como movimento de expansão e clareza sobre o processo de compreensão e elucidação da experiência humana. O problema central é identificar como a ciência da ação, pensada a partir da fenomenologia, estaria em condições de responder pela síntese ou essência da vida nos termos de uma hermenêutica vital, que jogaria luzes sobre o sentido e destino da existência humana enquanto percurso aberto e inconclusivo. A hipótese que se pretende averiguar é aquela de se pensar a expansão do ser trilhando a série dos fenômenos etapa por etapa, até chegarmos a uma perspectiva existencial analítica//interpretativa/descritiva da finitude com vistas `à infinitude. A questão ontológica assume um aspecto universal para a filosofia por ser essa pensada por Blondel como uma ontologia concreta, integral e viva, nos termos de uma hermenêutica vital enquanto ponto sensível da vida humana.