O presente estudo teve como finalidade mensurar a eficiência e a produtividade dos hospitais de média e alta complexidade de cada Região de Saúde (RS) do estado do Piauí, ao longo dos anos de 2015 a 2019. Para isso, aplicou-se no primeiro estágio a Análise Envoltória de Dados (DEA) a fim de calcular os scores de eficiência técnica de cada uma das Unidades Tomadoras de Decisão (DMUs). A amostra foi formada por 98 hospitais (de média e alta complexidade), considerados as DMUs do modelo, de nove RS do Piauí. Como inputs adotou-se o número de leitos e de profissionais e como outputs as internações de cada período. O segundo estágio, consistiu em avaliar, através do índice de Malmquist, a mudança em produtividade dos hospitais com as seguintes variáveis: os inputs e outputs do primeiro estágio e o tempo de referência. O trabalho dividiu-se em duas etapas, na primeira, todos os hospitais da amostra são analisados. Na segunda, foram considerados, separadamente, por região de saúde (Planície Litorânea, Cocais, Entre Rios, Carnaubais, Vale do Rio Guaribas, Vale do Sambito, Vale Rios Piauí e Itaueiras, Serra da Capivara, Chapada das Mangabeiras). Com vistas a garantir o acesso à saúde de forma universal, igualitária e com qualidade para todos, é salutar que o poder público tenha conhecimento da eficiência das unidades de saúde para analisar se estas, com a melhor relação custo-benefício, utilizam de forma racional os recursos sem perder a qualidade dos serviços. Diante disso foram obtidos os resultados a seguir. Na primeira etapa, observou-se a eficiência de apenas 10,20% da amostra e a média de produtividade além de apresentar baixo valor, decresceu ao longo do tempo passando de 3,1% para 0,9%, 0,8% e, por fim, 0,1%. Na segunda etapa, constatou-se a eficiência de 39,8% das unidades do total de 98, sendo Serra da Capivara (83,3%), Chapada das Mangabeiras (66,7%), Vale do Sambito (66,7%), Carnaubais (57,14), Planície Litorânea (57,14%), Vale dos Rios Piauí e Itaueiras (42,8%), Cocais (40,0%), Vale do Rio Guaribas (29,41%) e Entre Rios (9,37%) a ordem decrescente das regiões com mais unidades eficientes. Em relação à produtividade verificou-se as seguintes médias das unidades para os quatro períodos: Carnaubais (-0,82%), Chapada das Mangabeiras (2,95%), Cocais (1,82%), Entre Rios (1,5%), Planície Litorânea (0,42%), Serra da Capivara (-1,02%), Vale do Rio Guaribas (- 5,82%), Vale do Sambito (-7,95%) e Vale dos Rios Piauí e Itaueiras (-5,75%). Como contribuição o trabalho acrescentou uma abordagem de forma específica, ao considerar apenas hospitais de média e alta complexidade, baseada nas RS. Esse tipo de análise corrobora com o poder público e à sociedade, pois é possível avaliar a situação da saúde pública. Além disso, proporcionou aos gestores públicos identificar quais os hospitais ineficientes, os seus benchmarks, bem como entender se cresceram ou decresceram em desempenho.