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Banca de DEFESA: DAYANE CRISTINA DE SOUSA ROCHA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DAYANE CRISTINA DE SOUSA ROCHA
DATA: 28/09/2022
HORA: 16:00
LOCAL: Remoto (Google meet)
TÍTULO: Em tempos de Covid-19: Atenção Primária à Saúde na Prevenção e Tratamento da Hipertensão Arterial
PALAVRAS-CHAVES: COVID-19; Hipertensão Arterial Sistêmica; Acesso aos Serviços de Saúde; Condições Crônicas; Atenção Primária a Saúde.
PÁGINAS: 63
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
SUBÁREA: Saúde Pública
RESUMO:

INTRODUÇÃO: A pandemia da COVID-19 representa um dos maiores desafios sanitários recentes e tem mobilizado recursos científicos, tecnológicos, econômicos e sociais em todo o mundo. Com a recomendação do Ministério da Saúde para o atendimento dos sintomáticos respiratórios nas Unidades Básicas de Saúde, houve a necessidade de reorganização do processo de trabalho das equipes de Atenção Primária à Saúde, a fim de atender tanto à demanda de mitigação dos casos de COVID-19 como manter a oferta regular de suas ações. OBJETIVO: Compreender o processo de trabalho na Estratégia Saúde da Família referente à assistência a Hipertensão Arterial Sistêmica do município de Floriano-PI, no contexto da pandemia do novo coronavírus, com enfoque nas mudanças ocorridas e nos novos arranjos de trabalho. METODOLOGIA: Trata-se de pesquisa com abordagem qualitativa realizada com dez profissionais da Estratégia Saúde da Família de Floriano-PI, por meio da realização de entrevistas. A análise das informações foi realizada de acordo com a técnica de Análise de Conteúdo proposta por Laurence Bardin, a partir da qual emergiram três categorias: Re(organização do processo de trabalho para acompanhamento dos hipertensos: antes e durante a pandemia; Entraves ao acompanhamento do hipertenso no período pandêmico; e Repercussão das mudanças na adesão ao tratamento pelos hipertensos. RESULTADOS: Na categoria sobre a reorganização do processo de trabalho percebeu-se a centralização das ações das equipes de APS para o tratamento medicamentoso, com pouca oferta de ações de promoção e prevenção, além de ficar clara a relevância de assuntos como estratificação de risco dos hipertensos e o cadastramento das pessoas e famílias para o planejamento e organização da assistência, a necessidade de articulação com outros pontos de atenção especializada para a garantia da integralidade da atenção e a adoção do uso de EPI como forma de proteção durante o período pandêmico. No processo de retomada dos cuidados, observou-se a priorização aos casos mais graves e a dispensação de receitas e medicamentos, a busca ativa pelos agentes comunitários de saúde para o retorno da presença dos hipertensos na unidade de saúde, atendimento agendado com hora marcada, a
vacinação contra a COVID-19 e a incorporação de tecnologias de informação foram estratégias utilizadas
para a retomada das ações. Na categoria que analisou os entraves relacionados ao cuidado aos hipertensos no período pandêmico, destacou-se o medo tanto da equipe como da população diante de uma doença desconhecida, a perda do hábito de ir até a Unidade Básica de Saúde e a sobrecarga da equipe com a vacinação. Na categoria que discutiu as repercussões trazidas diante desse processo de reorganização imposto pela pandemia, evidenciou-se prejuízos na adesão ao tratamento da hipertensão e aumento de complicações e óbitos. CONSIDERAÇÕS FINAIS: A pandemia encontrou uma APS fragilizada, em que a não totalidade dos cadastros e da estratificação de risco dos hipertensos, assim como a dificuldade na articulação com a assistência especializada e a baixa oferta de ações promocionais e coletivas contribuíram para a baixa efetividade da assistência. A busca ativa, a vacinação e o atendimento com hora marcada e o uso de tecnologias foram fundamentais para a retomada das atividades e para a realização dos cadastros e estratificação de risco, embora o uso das tecnologias poderia ter sido melhor explorado e a vacinação tenha gerado sobrecarga da enfermagem mostrando uma falha na operacionalização da campanha. A desigualdade percebida no modo de trabalhar das equipes aliada a falta de informação sobre os indicadores foi outro empecilho encontrado. O reconhecimento pelos profissionais da importância dos cadastros e da estratificação de risco para a atenção aos hipertensos é um ponto favorável. Ficou evidente que a pandemia encontrou uma APS fragilizada e se transformou numa oportunidade para avaliação da organização dos sistemas de saúde em todo o mundo.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2059377 - FABIO SOLON TAJRA
Interno - 3870578 - FERNANDO LOPES E SILVA JUNIOR
Presidente - 2140658 - FRANCISCO JANDER DE SOUSA NOGUEIRA
Externo à Instituição - POLLYANNA MARTINS - UVA
Notícia cadastrada em: 15/09/2022 15:59
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