A presente dissertação teve como objetivo apreender as representações sociais da depressão a partir da perspectiva de mulheres idosas comparando dois grupos: um composto por mulheres idosas que frequentam grupos de convivência, e outro composto por mulheres que não participam de grupos. O estudo teve respaldo no aporte teórico das Representações Sociais, a partir da abordagem de Moscovici. Participaram da pesquisa 64 mulheres com idade média de 68,6 anos. Para atender os objetivos específicos, foram realizados quatro estudos. Os instrumentos utilizados foram um questionário sociodemográfico; o teste de associação livre de palavras (TALP); um roteiro de entrevista semiestruturada; um roteiro de grupo; e o desenho-estória com tema. De modo geral, os resultados apontaram para representações de envelhecimento heterogêneas entre os dois grupos, tendo o grupo de idosas participantes de GCI apresentado RS positivas enquanto o grupo subsequente mostrou representações negativas ligadas a doença e morte. Referente a depressão, houveram representações convergentes e divergentes, havendo consenso apenas na relação entre depressão e tristeza ou algo ruim e no temor com a doença. Porém, as idosas de GCI apresentaram representações com conhecimentos mais abrangentes, destacando dimensões cognitivas e comportamentais da depressão. Da mesma forma, estas idosas apresentaram percepções mais amplas sobre o tratamento, com representações que englobam vários aspectos para além do uso de medicamentos. Espera-se que os resultados desta pesquisa contribuam de alguma forma para o desenvolvimento de estratégias de educação em saúde voltadas para mulheres idosas assim como a reflexão sobre a importância de políticas públicas que visem a prevenção da depressão e a ampliação do seu conhecimento.