O HIV e a aids são epidemias atualmente controladas que receberam muitos investimentos ao longo da história, alcançando inclusive o caráter crônico. As pessoas vivendo com HIV (PVHIV) com boa adesão ao tratamento podem conviver melhor com a doença e com isso, melhorar a qualidade de vida. Por isso, estratégias para reforçar a adesão ao tratamento através grupos de apoio tem sido utilizadas. Contudo, a doença ainda impacta negativamente em aspectos psicossociais das PVHIV, o que pode influenciar na percepção que estas possuem sobre a Qualidade de vida (QV). Objetivo: Apreender e comparar as representações sociais sobre HIV, aids e qualidade de vida entre as PVHIV que participam do Grupo de Adesão (ao tratamento) e que não participam. Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva, com corte transversal, amostra não probabilística e por conveniência. Submetida e aceita em Comitê de Ética e Pesquisa, contou com 22 pessoas adultas vivendo com HIV, de ambos os sexos, divididas em dois grupos: participantes do Grupo Adesão (41%) e não participantes do grupo (59%), as quais responderam aos seguintes instrumentos: questionário sociodemográfico, entrevista semiestruturada e Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP). Que foram analisados respectivamente através de estatística descritiva; Classificação Hierárquica Descendente (CHD) por meio do software Iramuteq; e análise de Redes Semânticas. Resultados: os resultados do Estudo 01 evidenciam que as representações sobre o HIV estão associadas à mudanças e adaptações, ao sigilo da condição sorológica, ao impacto da estigmatização social e uso de enfrentamentos positivos e negativos. As representações da aids estão associadas à vulnerabilidade e necessidade de tratamento. A diferença nas representações dos participantes e não participantes do grupo adesão foi principalmente o enfrentamento positivo do primeiro grupo em relação ao segundo.